Leia o excerto abaixo:

Há menos de oito meses antes de o Reino Unido deixar a União Europeia, a primeira-ministra britânica, Theresa May, ainda não conseguiu encontrar uma proposta que mantenha os laços econômicos com o bloco e ao mesmo tempo agrade ambas as alas de seu partido e seja aceitável para negociadores em Bruxelas. [...] Quando solicitados a escolher entre três opções – o acordo de May, nenhum acordo ou permanecer na União Europeia – 48 por cento [dos britânicos] disseram que prefeririam permanecer no bloco, 27 disseram querer sair sem nenhum acordo e 13 por cento escolheriam o acordo do governo.
(Metade dos britânicos quer novo referendo sobre Brexit, indica pesquisa. Disponível em: https://exame.abril.com.br/mundo/metade-dos-britanicos-quer-novoreferendo-sobre-do-brexit-indica-pesquisa. Publicado em: 30 jul. 2018.
Acesso em: 019 ago. 2018, às 19h10.)

Sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, processo chamado de Brexit, e a política inglesa, é correto o que se afirma em

O governo de Theresa May iniciou-se com o apoio de alas políticas nacionalistas favoráveis ao Brexit. Atualmente, porém, entendem proposta da saída como economicamente dependente do bloco europeu, causando dificuldades ao projeto.

O Brexit, iniciado em 2016, bem como o plebiscito pela separação da Escócia do Reino Unido enquadram-se em um processo histórico de fortalecimento das direitas na Europa, e em ambos os casos, os movimentos tiveram amplo apoio da população votante.

A direita inglesa é grande crítica ao Brexit, uma vez que entendem o bloco da União Europeia como a salvação para influências externas mais negativas, como os EUA ou a China. O Partido Conservador, do qual May faz parte, integra a direita inglesa.

Nacionalistas ingleses são profundamente a favor do Brexit, uma vez que acreditam que a União Europeia prejudica a autonomia econômica e política inglesa. Esses mesmos nacionalistas defendem que o Euro, moeda atual inglesa deva ser substituída pela antiga Libra Esterlina.

A demora no processo de saída do Reino Unido da União Europeia está ligada aos descompassos entre a política da Inglaterra e a política do Reino Unido. A Inglaterra é governada pela Rainha Elizabeth I, famosa por suas posições liberais, enquanto o Reino Unido é controlado por Theresa May, do Partido Conservador.

Gabarito comentado

Ana BenitesMentora Qconcursos

Tema central da questão: Brexit e os desafios políticos e econômicos enfrentados pelo governo britânico. A questão cobra compreensão sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, o papel de Theresa May e a postura dos nacionalistas ingleses.

Explicação didática: O Brexit foi decidido em 2016, evidenciando divisões profundas na sociedade e no parlamento britânico. Theresa May, primeira-ministra após o referendo, liderou negociações muito delicadas para encontrar um acordo que fosse aceitável para diferentes alas de seu partido e para a União Europeia. Muitos nacionalistas inicialmente apoiaram sua liderança, mas se frustraram com propostas consideradas concessivas à UE em temas econômicos e de integração, tornando o avanço do projeto extremamente difícil.

Justificativa da alternativa correta – A: Esta opção traduz corretamente o contexto: o apoio inicial de setores nacionalistas ao governo May e a decepção posterior desses grupos devido à manutenção de vínculos econômicos com o bloco europeu, dificultando a concretização do Brexit. O reconhecimento dessas tensões internas é central para interpretar o impasse político da época.

Análise das alternativas incorretas:

B) Generaliza ao dizer que houve amplo apoio da população, mas a votação foi dividida (52% x 48% no Brexit e vitória do Não no referendo escocês). Cuidado com palavras como "amplo": elas podem trazer pegadinhas de generalização.

C) Inverte a lógica real: na verdade, muitos membros da direita inglesa apoiaram o Brexit, buscando maior autonomia, não a integração com a UE.

D) Erra sobre moedas: o Reino Unido nunca adotou o Euro, sempre manteve a Libra Esterlina. A alternativa mistura conceitos e inventa um debate inexistente.

E) Traz erros graves: a Rainha Elizabeth II é chefe de Estado, não de governo; há um governo só para o Reino Unido (não para Inglaterra separadamente); além disso, menciona incorretamente a Rainha Elizabeth I (na verdade, era a II).

Estratégias de interpretação: Fique atento a generalizações, inversões de papéis e dados factuais históricos, especialmente em questões de atualidades políticas. Busque identificar palavras-chave e cruzar informações do enunciado com os conhecimentos prévios consolidados.

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