Leia os textos e imagens abaixo:
(Museu Nacional do Rio de Janeiro, antes e depois do incêndio que destruiu suas instalações
e acervo no dia 02 set. 2018. Imagens disponíveis em: https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/
ooops/2018/09/02/tv-aberta-passa-vergonha-em-cobertura-do-incendio-do-museu-nacional.
htm.
Acesso em: 03 set. 2018, às 16h30.)
Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção. Desde 2014, a
instituição não vinha recebendo a verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresentava sinais visíveis de má conservação,
como paredes descascadas e fios elétricos expostos. [...] Em maio, o
diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, 56, criticou a falta de
verbas. “O maior acervo é este prédio, um palácio de 200 anos [fundado em 06 de junho de 1808] em que morou dom João 6º, dom Pedro 1º,
onde foi assinada a Independência [...]”. [...] O diretor lembrou também
que o último presidente a visitar o museu foi Juscelino Kubitschek
(1956-1961). “O Brasil não sabe da grandeza, da riqueza disso aqui. Se
soubesse, não deixaria chegar neste estado”, disse Kellner, em maio.
(PRONER, Francisco. 200 anos do Brasil em chamas. Publicado em 03 set. 2018.
Disponível em: https://blogdacidadania.com.br/2018/09/corte-de-verbas-de-temerdestroi-o-museu-nacional/. Acesso em: 03 set. 2018, às 16h30.)
Glauco Arbix [professor do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo] comenta [...] o que significa para os pesquisadores brasileiros o corte de verbas da Capes para o ano de 2019. O Ministério da
Fazenda limitou o teto do orçamento da Capes com um corte gigantesco. “Se este teto for mantido”, explica Arbix, “a resposta da Capes vai
ser a suspensão do pagamento de todos os bolsistas de mestrado, doutorado, pós-doutorado a partir de agosto de 2019, o que significa mais
de 90 mil estudantes e pesquisadores interrompendo suas pesquisas
já contratadas pela Capes”. [...] A indignação de Arbix se reflete no aumento da distância entre o Brasil e os países avançados em relação a
ciência, tecnologia e inovação. “Não se trata de privilégios de alguns
e sim de formar gerações de pesquisadores, o que sustenta a qualificação e inteligência do nosso País”, ressalta.
(Corte de verba faz Brasil retroceder em pesquisa, inovação e tecnologia.
Publicado em 06 ago. 2018. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/
corte-de-verba-faz-brasil-retroceder-em-pesquisa-inovacao-e-tecnologia/.
Acesso em: 03 set. 2018, às 16h00.)
Tomando por base as informações contidas nos fragmentos, julgue os
itens:
I. A falta de interesse pela pesquisa, ciência, cultura e arte no Brasil,
pode ser entendida como motivadora tanto para o corte no orçamento da Capes como para o não repasse de verbas para a conservação do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
II. A preservação da memória nacional sofreu um grande abalo, não
apenas pelo incêndio no Museu Nacional, mas, também, pela redução no incentivo para a formação de novos pesquisadores.
III. Apesar de parecer um “triste acidente”, o incêndio no Museu Nacional pode ser lido de outra maneira: se não há investimentos em conservação, em um prédio de 200 anos, e sem a visita de um chefe do
executivo há mais de meio século, podemos concluir que seu destino não fazia parte das ordens do dia dos representantes do governo.
Está (ão) correto (s):
Leia os textos e imagens abaixo:
(Museu Nacional do Rio de Janeiro, antes e depois do incêndio que destruiu suas instalações e acervo no dia 02 set. 2018. Imagens disponíveis em: https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/ ooops/2018/09/02/tv-aberta-passa-vergonha-em-cobertura-do-incendio-do-museu-nacional. htm.
Acesso em: 03 set. 2018, às 16h30.)
Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção. Desde 2014, a instituição não vinha recebendo a verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresentava sinais visíveis de má conservação, como paredes descascadas e fios elétricos expostos. [...] Em maio, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, 56, criticou a falta de verbas. “O maior acervo é este prédio, um palácio de 200 anos [fundado em 06 de junho de 1808] em que morou dom João 6º, dom Pedro 1º, onde foi assinada a Independência [...]”. [...] O diretor lembrou também que o último presidente a visitar o museu foi Juscelino Kubitschek (1956-1961). “O Brasil não sabe da grandeza, da riqueza disso aqui. Se soubesse, não deixaria chegar neste estado”, disse Kellner, em maio.
(PRONER, Francisco. 200 anos do Brasil em chamas. Publicado em 03 set. 2018.
Disponível em: https://blogdacidadania.com.br/2018/09/corte-de-verbas-de-temerdestroi-o-museu-nacional/. Acesso em: 03 set. 2018, às 16h30.)
Glauco Arbix [professor do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo] comenta [...] o que significa para os pesquisadores brasileiros o corte de verbas da Capes para o ano de 2019. O Ministério da Fazenda limitou o teto do orçamento da Capes com um corte gigantesco. “Se este teto for mantido”, explica Arbix, “a resposta da Capes vai ser a suspensão do pagamento de todos os bolsistas de mestrado, doutorado, pós-doutorado a partir de agosto de 2019, o que significa mais de 90 mil estudantes e pesquisadores interrompendo suas pesquisas já contratadas pela Capes”. [...] A indignação de Arbix se reflete no aumento da distância entre o Brasil e os países avançados em relação a ciência, tecnologia e inovação. “Não se trata de privilégios de alguns e sim de formar gerações de pesquisadores, o que sustenta a qualificação e inteligência do nosso País”, ressalta.
(Corte de verba faz Brasil retroceder em pesquisa, inovação e tecnologia. Publicado em 06 ago. 2018. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/ corte-de-verba-faz-brasil-retroceder-em-pesquisa-inovacao-e-tecnologia/.
Acesso em: 03 set. 2018, às 16h00.)
Tomando por base as informações contidas nos fragmentos, julgue os itens:
I. A falta de interesse pela pesquisa, ciência, cultura e arte no Brasil, pode ser entendida como motivadora tanto para o corte no orçamento da Capes como para o não repasse de verbas para a conservação do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
II. A preservação da memória nacional sofreu um grande abalo, não apenas pelo incêndio no Museu Nacional, mas, também, pela redução no incentivo para a formação de novos pesquisadores.
III. Apesar de parecer um “triste acidente”, o incêndio no Museu Nacional pode ser lido de outra maneira: se não há investimentos em conservação, em um prédio de 200 anos, e sem a visita de um chefe do executivo há mais de meio século, podemos concluir que seu destino não fazia parte das ordens do dia dos representantes do governo.
Está (ão) correto (s):
Gabarito comentado
Para analisar cada alternativa da questão:
I. Correto. A falta de interesse e investimento em pesquisa, ciência, cultura e arte no Brasil pode ser considerada como motivadora tanto para o corte no orçamento da Capes quanto para a falta de repasse de verbas para a conservação do Museu Nacional do Rio de Janeiro. A negligência em valorizar essas áreas essenciais resulta em consequências diretas para a sociedade e para a preservação do patrimônio cultural e científico do país.
II. Correto. Tanto o incêndio no Museu Nacional quanto a redução no incentivo para a formação de novos pesquisadores representam um abalo significativo na preservação da memória nacional e no desenvolvimento acadêmico e científico do Brasil. A falta de investimento em educação e cultura compromete a construção e transmissão do conhecimento, afetando diretamente a identidade e o progresso do país.
III. Correto. O incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro não pode ser considerado apenas como um "triste acidente", mas sim como resultado de anos de negligência e falta de investimento na conservação do patrimônio histórico e cultural do país. A ausência de ações efetivas para preservar o museu e a falta de atenção das autoridades governamentais contribuíram para a tragédia que representou a perda irreparável de parte da história brasileira.
A falta de investimento em áreas fundamentais como pesquisa, ciência, cultura e arte no Brasil tem impactos profundos e abrangentes, afetando não apenas o presente, mas também o futuro do país.
Resposta: E
Gabarito do Professor: E
Referências bibliográficas:
Proner, Francisco. "200 anos do Brasil em chamas". Disponível em: [site] Blog da cidadania. Acesso em: 19 de fevereiro de 2024.
"Corte de verba faz Brasil retroceder em pesquisa, inovação e tecnologia". Disponível em: [site] Jornal USP . Acesso em: 19 de fevereiro de 2024.