Em todos os continentes onde a língua portuguesa é falada, pode-se dizer que há características
comuns em todas as suas variedades, mas também há particularidades que as diferenciam, o que leva à
designação de português brasileiro, português europeu, português moçambicano e português angolano.
Gabarito comentado
Tema central: Interpretação de texto e Variação Linguística
A questão aborda a existência de características comuns e particularidades em diferentes variedades do português faladas em vários continentes, resultando em designações como português brasileiro, europeu, moçambicano e angolano. Assim, o foco está na compreensão da unidade e diversidade da língua portuguesa, tema recorrente em provas de vestibular que exige domínio sobre variação linguística e interpretação textual.
Justificativa da alternativa correta (“Certo”):
Segundo a norma-padrão e autores como Evanildo Bechara (“Moderna Gramática Portuguesa”), a língua portuguesa é considerada pluricêntrica — apresenta centros normativos em diferentes países. Ou seja, possui uma estrutura comum (por exemplo, tempos verbais, concordância, vocabulário-base), mas manifesta particularidades lexicais, fonéticas e sintáticas próprias de cada região.
Exemplo: No Brasil, diz-se “ônibus”; em Angola, “machimbombo”; em Portugal, “autocarro”. Essas diferenças revelam a unidade na diversidade: há compreensão geral, porém com identidades linguísticas influenciadas por fatores culturais e históricos locais.
Assim, o enunciado está correto pois reflete a realidade das variedades do português: possuem elementos em comum, mas também desenvolvem particularidades que justificam termos como “português brasileiro”, “português angolano”, etc.
Análise da alternativa incorreta (“Errado”):
Marcar “Errado” seria ignorar o fenômeno linguístico da variação. O erro está em desconsiderar a pluralidade legítima do português ou supor uma homogeneidade absoluta. Segundo Bechara e Celso Cunha & Lindley Cintra (“Nova Gramática do Português Contemporâneo”), todas as línguas vivas variam de acordo com tempo, espaço e contexto social. Desconsiderar essa variação é um equívoco conceitual frequente em provas, principalmente em questões que abordam identidade linguística e pluralidade cultural.
Estratégia para questões de interpretação:
Atente-se às palavras-chave como “características comuns”, “particularidades” e “designação”. Interprete sem pressuposições e sempre relacione o enunciado ao conhecimento linguístico teórico. Lembre-se: generalizações excessivas ou negações categóricas quase sempre indicam alternativa incorreta.
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