Na segunda metade do século XIX, o rei Leopoldo,
da Bélgica, criou na África o Estado Independente do
Congo Belga, em área que adquiriu como
propriedade particular e dedicada à exploração do
marfim e da borracha.
A expansão imperialista a partir do século XIX pode ser
vista como um novo passo no processo de mundialização
da ordem capitalista e da globalização da economia, o
qual, devido à procura de mercados consumidores de
manufaturas e de fornecedores de matérias primas, levou
à subjugação de populações e povos, principalmente na
Ásia e na África, ocasionando um neocolonialismo.
Sobre o tema, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
Gabarito comentado
Alternativa correta: Certo (C)
Tema central: A afirmação aborda a expansão imperialista do século XIX e um caso concreto — o Estado Independente do Congo — mostrando a lógica do neocolonialismo: apropriação territorial para garantir matérias‑primas (borracha, marfim) e mercados, frequentemente por meios privados e violentos.
Resumo teórico: A chamada "nova" expansão imperialista (segunda metade do século XIX) intensificou a penetração capitalista global. Estados e atores privados disputaram territórios na África e Ásia visando recursos e lucro. No contexto do imperialismo, formas de dominação variaram: desde colônias estatais até concessões privadas e empresas com poderes administrativos — tudo em função da acumulação capitalista global.
Por que a alternativa é correta
O rei Leopoldo II da Bélgica realmente instituiu, entre o fim do século XIX, o Estado Independente do Congo (État Indépendant du Congo) como sua propriedade pessoal. Reconhecido internacionalmente na Conferência de Berlim (1884–85), o território foi administrado por Leopoldo com fins lucrativos: extração intensiva de marfim e, sobretudo com o avanço das técnicas e demanda, de borracha. A exploração gerou trabalho forçado, violência e um colapso demográfico em muitas regiões — amplamente documentado por ativistas e historiadores (por exemplo, King Leopold's Ghost, Adam Hochschild) e em fontes enciclopédicas como a Encyclopaedia Britannica.
Em 1908, devido ao escândalo internacional e denúncias de abusos, o Estado Independente foi anexado pelo governo belga, tornando‑se o Congo Belga — confirmação histórica de que, antes disso, era efetivamente propriedade particular de Leopoldo.
Fonte recomendada: Adam Hochschild, King Leopold's Ghost (1998); Encyclopaedia Britannica, verbete "Congo Free State"; documentos da Conferência de Berlim (1884–85).
Dica de interpretação: Em questões históricas procure palavras‑chave como "propriedade particular", "exploração", "marfim/borracha" e "Leopoldo" — elas apontam diretamente para o caso do Congo e sua singularidade no imperialismo tardio.
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