A penetração no interior do território brasileiro, por
bandeirantes, garantiu a posse de terras aos
portugueses. Embora essa ocupação fosse dispersa,
foi efetiva, com os portugueses incorporando
territórios em direção ao interior do continente.
Sobre a imigração e colonização na América, assinale
a(s) alternativa(s) correta(s).
Gabarito comentado
Alternativa correta: C (Certo)
Tema central: trata-se da ação dos bandeirantes e da ocupação do interior do território brasileiro durante os séculos XVII–XVIII. A questão avalia se essa penetração, embora dispersa, foi suficiente para garantir a posse de terras pelos portugueses — um ponto básico em provas de História do Brasil.
Resumo teórico: os bandeirantes — paulistas, mestiços e indivíduos de várias origens — organizavam expedições ao sertão atrás de indígenas para escravizar, de metais e de rotações comerciais. Essas incursões não seguiam um plano administrativo de colonização como nas capitanias litorâneas, mas criaram pontos de presença (arraiais, pousos, vilas) no interior. Essa presença efetiva, ainda que fragmentária, serviu de base para reivindicações territoriais que mais tarde foram reconhecidas diplomaticamente (ex.: Tratado de Madri, 1750), consolidando a ocupação portuguesa para além dos limites do Tratado de Tordesilhas.
Justificativa da alternativa C: a afirmação é correta porque reconhece duas ideias centrais e compatíveis com a historiografia: (1) a ocupação foi dispersa — sem colonização contínua em todo o interior — e (2) foi efetiva como instrumento de posse territorial, pois as penetrações estabeleceram fatores reais de ocupação que fundamentaram acordos e decisões políticas posteriores. Assim, a ação dos bandeirantes contribuiu diretamente para a expansão territorial portuguesa.
Análise da alternativa incorreta (E - Errado): dizer que a penetração não garantiu a posse seria negar o papel prático das entradas e bandeiras na afirmação da soberania portuguesa. Embora não tenham criado uma malha urbana contínua, seus pousos, rotas e ocupações locais funcionaram como prova de fato consumado perante negociações internacionais — portanto, a negativa é incorreta.
Estratégia para prova: ao ler enunciados sobre ocupação/posse, atente-se às palavras-chave: "dispersa" (indica ausência de ocupação contínua) e "efetiva/garantiu a posse" (remete a uti possidetis e reconhecimento internacional, p. ex. Tratado de Madri). Combine conhecimento de ação interna (bandeirismo) com conceitos de diplomacia territorial.
Fontes e leituras recomendadas: Tratado de Tordesilhas (1494) e Tratado de Madri (1750); Capistrano de Abreu (obras sobre colonização); sínteses de História do Brasil (manuais acadêmicos modernos).
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