A Guerra de Canudos é objeto de análise de Euclides da Cunha, em sua obra “Os Sertões”. Ao descrever o desfecho do movimento, o autor afirma:
A Guerra de Canudos é considerada um movimento
A Guerra de Canudos é considerada um movimento
Gabarito comentado
Sobre a Guerra de Canudos, iniciada em 1896, vamos selecionar a alternativa correta:
A) Incorreta – A Guerra de Canudos não foi um movimento monarquista nem inspirado nas ideias de Benjamin Constant, que, na verdade, era um dos líderes republicanos. Além do mais, embora Antônio Conselheiro e seus seguidores fossem críticos da República e, em certa medida, nostálgicos do período monárquico, a motivação principal do movimento era religiosa e social, e não o retorno da família real ao Brasil.
B) Incorreta - A liderança de Canudos foi exercida por Antônio Conselheiro e não por Padre Cícero - líder religioso do Ceará -, e o movimento não tinha um caráter político-partidário, mas sim religioso e social.
C) Correta - A Guerra de Canudos foi um movimento messiânico liderado por Antônio Conselheiro. Ele pregava uma mistura de doutrinas religiosas e sociais, atraindo milhares de seguidores para sua comunidade em Canudos, na Bahia. Conselheiro criticava a República e a Igreja oficial, prometendo um lugar de paz e justiça divina, o que lhe garantiu um grande número de adeptos.
D) Incorreta – Canudos não foi um movimento abolicionista, uma vez que a abolição da escravatura já havia ocorrido em 1888, e a Guerra de Canudos começou em 1896. Embora a comunidade de Canudos tenha acolhido diversos marginalizados, incluindo ex-escravos, o movimento não foi motivado pela questão abolicionista nem por supostos impactos econômicos sobre os latifúndios.
E) Incorreta – Embora tenha reunido sertanejos que viviam de atividades de subsistência, a população de Canudos (na Bahia) era principalmente composta por nordestinos, e não tinha ligação específica com o interior paulista ou com latifúndios paulistas.
Gabarito – Letra C
Referência:
Galvão, Walnice Nogueira. No calor da hora: a guerra de Canudos nos jornais. Recife: Cepe Editora, 2019.