De acordo com o historiador Ronaldo Vainfas: "Entradas e bandeiras são termos quase sinônimos. Entrada
possui, por vezes, acepção mais genérica, referindo-se a expedições originadas de diversas partes do Brasil, formadas por iniciativas oficial ou particular, ao passo que bandeira se remete às expedições dos paulistas .
(Fonte: Vainfas, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 64)
Sobre as bandeiras, assinale a alternativa CORRETA.
De acordo com o historiador Ronaldo Vainfas: "Entradas e bandeiras são termos quase sinônimos. Entrada possui, por vezes, acepção mais genérica, referindo-se a expedições originadas de diversas partes do Brasil, formadas por iniciativas oficial ou particular, ao passo que bandeira se remete às expedições dos paulistas .
(Fonte: Vainfas, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 64)
Sobre as bandeiras, assinale a alternativa CORRETA.
Era possível fazer a viagem desde a capitania de São Paulo até as minas de Cuiabá somente através
dos rios e os trajetos não ofereciam maiores perigos aos viajantes.
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: bandeirismo — expedições coloniais (principalmente paulistas) com objetivos econômicos e expansionistas: captura de indígenas para trabalho e descoberta de metais/peças preciosas. É tema frequente em provas por sua relação com a ocupação territorial do interior e as transformações econômicas do Brasil colonial.
Resumo teórico claro: As "bandeiras" eram expedições partindo, sobretudo, de São Paulo, organizadas por particulares (muitas vezes com financiamento local). Tipos principais: apresadoras (buscar e escravizar indígenas) e sertanistas/prospector (procurar minas). Essas ações não só visavam lucro imediato, mas também definiram, de fato, limites territoriais portugueses ao ocupar o interior, antecipando fronteiras reconhecidas depois por tratados. Fontes úteis: Ronaldo Vainfas, Dicionário do Brasil Colonial (2001); Caio Prado Júnior, Formação do Brasil Contemporâneo.
Por que a alternativa B está correta: Ela aponta duas funções centrais do bandeirismo — captura de índios e procura de minas — e reconhece seu papel na ampliação prática dos limites coloniais. Essa síntese corresponde ao consenso historiográfico: bandeiras ampliaram a presença luso-brasileira no interior (ex.: rota para Goiás, Mato Grosso, descoberta de ouro), expandindo fronteiras de facto.
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta. O povoamento e a ocupação de áreas como Mato Grosso estiveram diretamente ligados a bandeiras e expedições paulistas; negar essa relação é ignorar evidências históricas.
C — Incorreta. As bandeiras apresadoras não eram compostas “exclusivamente” por homens brancos nem chefiadas por autoridade militar da Coroa. Eram lideradas por capitães locais (paulistas), com presença de mestiços (mamelucos) e aliados indígenas; eram iniciativas privadas, não exército regular.
D — Incorreta. Embora os bandeirantes tivessem autonomia e às vezes conflitos com autoridades, não podem ser simplesmente rotulados como “inimigos da realeza”. A Coroa os tolerava, regulava e por vezes beneficiou-se da ocupação que promoviam.
E — Incorreta. A viagem a áreas como Cuiabá envolvia longos itinerários terrestres, trilhas e travessias perigosas; não era feita “somente através dos rios” nem livre de riscos (hostilidades, doenças, dificuldades logísticas).
Dica de prova: fique atento a termos absolutos (sempre, exclusivamente, somente) e a reivindicações que negam conexões óbvias (como bandeiras e ocupação do interior). Identifique no enunciado palavras-chave — “apresador”, “prospector”, “ampliação dos limites” — que apontam para a resposta correta.
Fontes recomendadas: Ronaldo Vainfas, Dicionário do Brasil Colonial (2001); Caio Prado Júnior, Formação do Brasil Contemporâneo.
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