O período imperial brasileiro estendeu-se a partir de nossa independência até o final do século XIX. No
decorrer desse período, inúmeras revoltas questionaram o centralismo inerente à administração imperial das
províncias. Entre essas revoltas, destacou-se a Confederação do Equador, que eclodiu em 1824 e foi
marcada por ideais
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa B
Tema central: a Confederação do Equador (1824) — revolta regional contra o centralismo do Império, protagonizada sobretudo em Pernambuco. É essencial saber contexto político pós-Independência: a Constituição de 1824, o poder moderador de D. Pedro I e a presença influente de portugueses (lusitanos) na administração.
Resumo teórico: o movimento reunia elites liberais insatisfeitas com a Constituição de 1824 (forte centralismo) e com o governo do imperador. Exigia maior autonomia provincial e, em muitos círculos, a proclamação da república local. Havia também sentimento antimetropolitano contra portugueses favorecidos no aparelho público. Não havia caráter socialista nem prioridade abolicionista.
Fontes relevantes: Constituição Imperial de 1824 (texto legal que centralizou o poder); análises históricas como Boris Fausto, História do Brasil e Emília Viotti da Costa, que contextualizam a ação das elites regionais e o caráter liberal-republicano do movimento.
Justificativa da alternativa B: “Liberais” — os líderes defendiam liberdade política frente ao centralismo; “Republicanos” — setores chegaram a proclamar república na província (intenção de romper com o trono); “Antilusitanos” — forte oposição a portugueses que ocupavam cargos e eram percebidos como instrumentos do governo central. Essas três qualidades definem a Confederação do Equador.
Análise das alternativas incorretas:
A: inclui “abolicionistas” e “democráticos”. Errado — a luta pela abolição não foi um traço definidor do movimento; eram sobretudo elites liberais. “Democráticos” é vago e não representa o caráter político real do movimento.
C: “socialistas” e “abolicionistas” — anacrônico: o socialismo como movimento organizado surge depois; abolicionismo não central no episódio.
D: mistura “antilusitanos” e “federalistas” (parte buscava autonomia), mas inclui “socialistas”, o que o invalida — novamente anacronismo e erro conceitual.
Dica de interpretação: verifique datas e competências ideológicas: palavras como “socialista” e “abolicionista” costumam ser iscas quando fora de cronologia; identifique se o foco é disputa entre centralismo e autonomia — aí o caminho é liberal/federalista/ republicano.
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