Em 02 de setembro de 2018, um incêndio consumiu a maior parte do acervo do Mluseu Nacional, no Rio de Janeiro. Esse fato foi amplamente noticiado e comentado pela mídia nos dias subsequentes.

Sobre a tragédia envolvendo o Museu Nacional, assinale a alternativa correta:

criado como Palácio do Império, por D. Pedro I, serviu de residência da família real e, posteriormente, para promover o progresso cultural e econômico do país, contudo, seu acervo já estava muito ultrapassado para os tempos modernos.

o incêndio, sendo uma fatalidade natural, não podería ser previsto por governos, inclusive porque os responsáveis pelo Museu Nacional jamais alertaram sobre tal possibilidade.

o incêndio foi um caso isolado e pode ser atribuído à má gestão do Museu, pois outras instituições brasileiras da mesma natureza, como a Cinemateca Brasileira, o Museu da Língua Portuguesa, o Memorial da América Latina e o Instituto Butantã, jamais viveram situação análoga.

boa parte das peças mais importantes do acervo, como fósseis e esqueletos de dinossauros, o fóssil "Luzia", múmias egípcias, entre tantas outras, já estava em processo de transferência para instituições mais modernas e seguras, o que não significou uma perda significativa de patrimônio

era a mais antiga instituição científica e o maior centro de pesquisa em história natural no Brasil. A perda de seu acervo é inestimável e irreparável para o patrimônio mundial, o que demonstra o descaso de seguidos governos com a pesquisa e memória, exemplificado pelo contínuo corte de verbas.

Gabarito comentado

Sofia Martins Monitor do Qconcursos

Tema central: O incêndio do Museu Nacional em 2018 exemplifica o descuidado com a preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro, mostrando consequências de gestão ineficaz e corte de recursos.

Comentário didático: Entender a tragédia do Museu Nacional é essencial em Atualidades, pois envolve temas como patrimônio, cultura, ciência e gestão pública. Fundado em 1818, foi a mais antiga instituição científica do país, abrigando fósseis, múmias, artefatos indígenas e o fóssil “Luzia”. Sua perda representa dano irreparável ao acervo brasileiro e mundial.

Justificativa da alternativa correta (E):
A alternativa E está absolutamente correta ao afirmar que o Museu Nacional era referência em ciência e história natural, e que a perda causada pelo incêndio foi inestimável. Ressalta ainda a negligência de vários governos — comprovada por dados como a drástica redução de verbas para manutenção (de 520 mil para 54 mil reais por ano), o que reiteradamente foi denunciado por especialistas e imprensa antes do desastre. Trata-se de um contexto clássico de “tragédia anunciada”, e não de evento imprevisível, como frequentem livros didáticos de Atualidades, por exemplo, Cultura Brasileira – Uma Nova História, de Boris Fausto.

Análise das alternativas incorretas:

A) Erro histórico: Dom João VI fundou o Museu Nacional, não D. Pedro I, e o acervo era atuante na pesquisa, não “ultrapassado”.

B) Incorreta: O incêndio não foi uma fatalidade natural. Houve alertas prévios sobre deficiência estrutural e riscos de incêndio; ignorar isso é distorção clara dos fatos.

C) Errada: Classificar o incêndio como “caso isolado” é desinformação. Outros incêndios graves também atingiram instituições como a Cinemateca Brasileira e Museu da Língua Portuguesa, demonstrando um problema sistêmico na gestão do patrimônio.

D) Falsa: Não há registros oficiais de transferência coletiva de peças importantes antes do incêndio; a imensa maioria do acervo foi de fato consumida pelo fogo.

Estratégias para concursos: Fique atento a detalhes históricos e generalizações nas alternativas. Cheque nomes, datas e causas sistematicamente. Alternativas que minimizam consequências ou ignoram evidências geralmente estão erradas.

Resumo:
A alternativa E é correta porque reconhece a importância mundial do Museu Nacional e denuncia o descaso governamental, ponto central do tema.

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