Chiquinha Gonzaga alinha-se a outras figuras femininas
do Império (...) como a Imperatriz Leopoldina e Anita Garibaldi.
Todas as três, embora de diferentes maneiras, de diferente
proveniência social e, em diferentes épocas, desempenharam
um papel político que, certamente, contribuiu para as
mudanças por elas defendidas e as inscreveu na História do
Brasil.
(Suely Robles Reis de Queiroz, Política e cultura no império brasileiro. 2010)
Em termos políticos, a Imperatriz Leopoldina, Anita Garibaldi
e Chiquinha Gonzaga, respectivamente:
(Suely Robles Reis de Queiroz, Política e cultura no império brasileiro. 2010)
Em termos políticos, a Imperatriz Leopoldina, Anita Garibaldi e Chiquinha Gonzaga, respectivamente:
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: papel político de mulheres no Brasil imperial — compreender ações públicas e contextos de Leopoldina, Anita Garibaldi e Chiquinha Gonzaga. Exige conhecimento de independência (1822), rebeliões regenciais e provinciais (ex.: Farroupilha) e do movimento abolicionista/repúblico tardio.
Resumo teórico rápido: no século XIX as mulheres participaram da vida política por vias formais limitadas; porém exerceram influência política por conselhos, participação em conflitos e militância social. A Imperatriz Leopoldina teve papel ativo no processo de Independência; Anita Garibaldi participou de lutas armadas sulinas (Guerra dos Farrapos/Farroupilha e ações em Santa Catarina); Chiquinha Gonzaga foi artista e ativista ligada ao abolicionismo e a movimentos republicanos, defendendo o fim da escravidão e a queda da monarquia.
Justificativa da alternativa A: Leopoldina apoiou e aconselhou Dom Pedro I e teve interlocução com José Bonifácio durante o processo de ruptura com Portugal, sendo peça-chave para a declaração de Independência (ver obras gerais como Boris Fausto, História do Brasil). Anita Garibaldi participou das campanhas ligadas à Guerra dos Farrapos (Farroupilha) e nas ações de seu companheiro Giuseppe Garibaldi no sul do Brasil. Chiquinha Gonzaga (1847–1935) foi reconhecida por sua militância contra a escravidão e por posicionamentos republicanos que a colocaram entre os que defendiam o fim da monarquia.
Análise das alternativas incorretas:
B — Impossível: Leopoldina não “articulou bancada constitucional” em Constituinte; a Cabanagem (Grão-Pará) não foi organizada por Anita; e mulheres não eram eleitas para o Senado no Império.
C — Errado: Leopoldina aconselhou Dom Pedro a permanecer no Brasil e apoiar a independência, não convencê‑lo a assumir o trono português. O Ato Adicional é de 1834 (período regencial) — Leopoldina já havia morrido (1826).
D — Incorreto: Leopoldina não atuou como diplomata na Cisplatina; Anita Garibaldi não foi jornalista/romancista do Segundo Reinado; e a formulação sobre “liderança política no fim do tráfico” não corresponde especificamente à trajetória de Chiquinha (que atuou mais no abolicionismo interno e na causa republicana).
E — Falso: não há registro de Leopoldina negociando diretamente com diplomatas ingleses o reconhecimento junto a Portugal; Anita não participou da Independência da Bahia (ela nasceu em 1821 e as campanhas da Bahia ocorreram antes); Chiquinha não criou a primeira associação pelo voto feminino no Brasil.
Dica de prova: identifique datas de vida/atos políticos dos personagens; cheque se a ação mencionada é compatível com o período em que viveram. Procure palavras-chaves históricas (Independência, Farroupilha, abolicionismo) e relacione ao biograma.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





