As Cruzadas, durante a Idade Média, representaram uma forma de solução
para os problemas decorrentes do início da desestruturação do regime feudal.
A expressão “Cruzada” “derivou-se do fato de seus integrantes considerarem-se
soldados de Cristo”. Tais expedições constituíram-se em
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: as Cruzadas medievais e suas motivações religiosas e sociais. Para responder, é preciso conhecer o papel da Igreja Católica no final do período feudal, a promessa de indulgências e a diferença entre iniciativas e financiamentos das expedições.
Resumo teórico breve: As Cruzadas (iniciadas em 1095 com o Concílio de Clermont convocado pelo papa Urbano II) foram expedições com autorização e finalidade religiosa: recuperar a Terra Santa e combater os "infiéis". A Igreja ofereceu indulgências (remissão de penas pelos pecados) aos participantes, transformando a guerra numa ação penitencial e atraindo cavaleiros e leigos.
Por que a alternativa B é correta: ela destaca a dimensão religiosa central das Cruzadas — a oferta de indulgência — elemento documentado nas convocatórias papais. A promessa de perdão aos pecados foi um dos principais motivadores individuais e coletivos para se juntar às expedições, em uma sociedade profundamente religiosa.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: afirma ausência de apoio formal da Igreja. Na prática, as Cruzadas tiveram apoiamento e legitimidade papal. Nobres patrocinaram participações, mas não sem o respaldo e os incentivos da Igreja.
C — incorreta: é verdade que houve participação de mercadores, mulheres e crianças (ex.: a Cruzada dos Pobres/People’s Crusade), mas a afirmação de que a iniciativa de lutar e reconquistar partia de muitos não combatentes é imprecisa. A iniciativa institucionalmente importante partiu da Igreja e de senhores; movimentos populares existiram, mas não foram a regra de todos os episódios.
D — incorreta: a Igreja não foi a única fonte de recursos materiais. Financiamento vinha de nobres, cidades, comerciantes e dos próprios cruzados (venda de bens, empréstimos). A Igreja apoiou e promoveu, mas não sustentou sozinha todas as despesas.
E — incorreta: embora houvesse medidas de proteção aos bens e, por vezes, suspensão de algumas obrigações durante a ausência do cruzado, não existia uma "moratória vitalícia" geral que isentasse dívidas e tributos por toda a vida.
Dica de interpretação: busque palavras-chave no enunciado — aqui: “soldados de Cristo”, “Cruzada” e “indulgência” — e relacione com eventos/políticas papais (Concílio de Clermont, promessas de remissão). Desconfie de alternativas que generalizam (ex.: “única interessada”, “sem apoio formal”, “moratória para toda a vida”).
Fontes recomendadas: Jonathan Riley-Smith, The First Crusade; Jonathan Phillips, The Crusades, 1095–1204; estudos sobre o Concílio de Clermont (1095) e documentos papais sobre indulgências.
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