Leia o documento a seguir.
“Não estabeleceremos no nosso reino nenhum subsídio
ou escudagem (imposto) sem o consentimento comum do
nosso reino (...).
Nenhum homem livre será detido, preso ou privado de
seus bens (...) ou levado de qualquer maneira (...) salvo em
virtude de um julgamento legal por seus pares (...). A ninguém
venderemos, recusaremos (...) o direito ou a justiça. Todos os
mercadores poderão livre e seguramente sair da Inglaterra,
aí vir e morar e aí passar, por terra ou por mar, para comprar
e vender (...)
Instituímos e concedemos aos nossos barões a garantia
seguinte: eles elegerão 25 barões de reino, que lhes aprouverem,
os quais deverão com todo o seu poder, observar,
manter e fazer observar a paz e as liberdades que nós concedemos
e confirmamos pela presente carta. (...)"
(apud Gustavo de Freitas, 900 textos e documentos de História,
volume II. 1976)
O trecho refere-se
“Não estabeleceremos no nosso reino nenhum subsídio ou escudagem (imposto) sem o consentimento comum do nosso reino (...).
Nenhum homem livre será detido, preso ou privado de seus bens (...) ou levado de qualquer maneira (...) salvo em virtude de um julgamento legal por seus pares (...). A ninguém venderemos, recusaremos (...) o direito ou a justiça. Todos os mercadores poderão livre e seguramente sair da Inglaterra, aí vir e morar e aí passar, por terra ou por mar, para comprar e vender (...)
Instituímos e concedemos aos nossos barões a garantia seguinte: eles elegerão 25 barões de reino, que lhes aprouverem, os quais deverão com todo o seu poder, observar, manter e fazer observar a paz e as liberdades que nós concedemos e confirmamos pela presente carta. (...)"
(apud Gustavo de Freitas, 900 textos e documentos de História, volume II. 1976)
O trecho refere-se
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa B
Tema central: o texto é trecho da Magna Carta (1215), documento medieval que limitou os abusos do rei João Sem Terra e instituiu garantias como “sem impostos sem consentimento” e o direito ao julgamento por pares.
Resumo teórico e contexto progressivo: em 1215, barões ingleses revoltaram‑se contra os impostos e arbitrariedades do rei João. A Magna Carta estabeleceu cláusulas centrais: controle da cobrança de tributos, proteção da propriedade, devido processo (juízo pelos pares) e mecanismos para fazer cumprir essas cláusulas (comissão de 25 barões). É um marco na evolução dos limites ao poder real e na formação de instituições consultivas que, com o tempo, deram origem ao Parlamento.
Fontes: Magna Carta (1215) — texto histórico; análise em obras de história medieval e coletâneas como a citada edição de Gustavo de Freitas (900 textos e documentos de História).
Por que a alternativa B está correta: descreve precisamente o propósito do trecho: a criação do Conselho/Comissão dos 25 barões para fiscalizar o cumprimento das liberdades cedidas ao rei João, visando limitar seus abusos e garantir justiça e liberdade econômica. Esses elementos correspondem às cláusulas da Magna Carta de 1215.
Análise das alternativas incorretas:
A: Confunde com a Bill of Rights (1689), ligada à deposição de Jaime II — período e contexto diferentes; não há “Conselho dos 25 barões” em 1689.
C: Mistura nomes e datas: a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” é francesa (1789), e Henrique VIII (século XVI) não é o autor desse documento. Informação anacrônica e errada.
D: A Guerra das Duas Rosas (século XV) terminou em 1485 com a ascensão dos Tudor; embora Henrique VII tenha centralizado poder, não se relaciona com a comissão dos 25 barões nem com a Magna Carta de 1215.
E: Após 1649 houve a República/Interregno inglês (Commonwealth), mas as medidas ali tomadas e o contexto puritano não correspondem às cláusulas de 1215 nem ao órgão dos 25 barões.
Estratégia para resolver questões similares: procure palavras‑chave (datas, nomes de reis, números como “25 barões”, expressões jurídicas como “julgamento pelos pares”); associe imediatamente à Magna Carta quando aparecerem tais elementos. Cuidado com pegadinhas que misturam documentos distintos (Magna Carta, Bill of Rights 1689, Declaração de 1789) e com anacronismos.
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