Acordo sobre comércio mundial é
a 1ª vitória do brasileiro à frente da OMC
“O brasileiro Roberto Azevêdo assumiu o cargo de diretor-geral da
Organização Mundial do Comércio (OMC) há três meses e já registra no
seu mandato o primeiro acordo global para facilitar o comércio entre os
países em quase 20 anos. Neste sábado, após quatro dias de reuniões
em Bali, na Indonésia, a OMC conseguiu desbloquear a Rodada de Doha
- uma série de reuniões iniciadas em 2001, que visam discutir regras para
tornar mais ágil o comércio entre os países. Essas negociações estavam
paralisadas desde 2008.”
g1.globo.com, de 07/12/2013, acessado em 31/03/2015.
O texto acima faz referência à Rodada Doha e às dificuldades para a solução de
vários de seus impasses. Essas dificuldades ocorrem devido
a 1ª vitória do brasileiro à frente da OMC
Gabarito comentado
Tema central: A questão aborda as dificuldades e impasses das negociações da Rodada de Doha na Organização Mundial do Comércio (OMC), sobretudo relacionadas ao setor agrícola, destacando a atuação de países emergentes, como Brasil e Índia.
Exposição teórica: A Rodada de Doha (iniciada em 2001) tinha como objetivo principal reduzir subsídios e barreiras ao comércio internacional de produtos agrícolas. Países desenvolvidos (EUA, União Europeia, Japão) mantêm altos subsídios agrícolas, protegendo seus produtores, enquanto países em desenvolvimento (como Brasil e Índia) pressionam pela redução desse protecionismo para facilitar as exportações de produtos do agronegócio.
Justificativa da alternativa correta (D): A opção D está correta, pois reflete objetivamente o papel de Brasil e Índia nas negociações – buscando reduzir o protecionismo e os subsídios agrícolas dos países ricos. Esse é o principal motivo dos impasses: os países desenvolvidos resistem fortemente a abrir mão dessas medidas, temendo prejuízos aos seus agricultores.
Estratégia de leitura: O aluno deve observar palavras-chave como "negociam para reduzir o protecionismo e os subsídios" e identificar quem são os atores (Brasil, Índia) e contra quem se posicionam (países mais ricos).
Análise das alternativas incorretas:
A) Incorreta, pois a União Europeia é tradicionalmente protecionista no setor agrícola e não busca reduzir esse protecionismo para importar mais.
B) Errada, já que os EUA defendem o protecionismo agrícola e o livre comércio, principalmente para produtos industrializados, não tendo a postura descrita quanto à agricultura.
C) Falsa, pois o Japão não ocupa a segunda posição nas exportações de trigo e soja e é fortemente protecionista na agricultura.
E) Incorreta: não existe convergência entre países do Norte e do Sul. Há, na verdade, oposição clara de interesses nessas negociações.
Dicas para provas: Atenção a opostos implícitos (Norte-Sul), dados factualmente incorretos (exportação do Japão), e nomes de grupos de pressão (G-20 agrícola). Muitas vezes, alternativas incorretas tentam inverter posições históricas dos países.
Referências recomendadas: Barbosa (2011), Rodrigues & Paula (2008), diretrizes oficiais da OMC. Essas fontes detalham como Brasil e Índia lideram a pauta da liberalização agrícola na OMC.
Conclusão: Dominar as posições dos atores globais e as causas dos impasses permite resolver questões de atualidades sobre economia internacional com confiança!
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