O forte Schoonenborch, quando foi tomado dos holandeses em 1654, pelos portugueses, foi rebatizado
com o nome de Nossa Senhora da Assunção, denominação que permanece até os dias atuais, e em seu
interior foi construída uma capela consagrada à Virgem da Assunção. Essas alterações no equipamento
devem ser compreendidas no contexto de:
Gabarito comentado
Gabarito: D — lutas contra as igrejas reformadas
Tema central: conflitos religiosos e reconquista portuguesa no século XVII. A questão trabalha a leitura de sinais simbólicos — renomear um forte e erguer uma capela dedicada à Virgem — como expressão da restauração da autoridade católica após a expulsão dos holandeses (protestantes reformados).
Resumo teórico: Entre 1630 e 1654 os holandeses ocuparam partes do Nordeste brasileiro (Nova Holanda). A presença da Companhia Holandesa trazia igrejas e práticas protestantes; quando os portugueses retomaram espaços, houve re-catolicização simbólica e institucional: troca de nomes, edificação de capelas e retorno do culto católico. Para aprofundar: C. R. Boxer, The Dutch in Brazil, 1624–1654; e manuais de História do Brasil (ex.: Boris Fausto).
Por que a alternativa D é correta: O ato de renomear Schoonenborch para “Nossa Senhora da Assunção” e construir capela é típico de uma política de restauração católica após expulsar forças calvinistas. Trata‑se de afirmar a hegemonia religiosa e cultural da Igreja Católica sobre espaços antes marcados pela presença reformada — ou seja, uma ação diretamente ligada às lutas contra as igrejas reformadas.
Análise das alternativas incorretas:
A — reformas urbanas: reformas urbanas implicam obras de planejamento e infraestruturas civis; renomear um forte e erguer uma capela tem caráter religioso e simbólico mais que urbanístico.
B — combate à cultura indígena: a mudança mencionada refere‑se à disputa entre cristianismos (catolicismo vs. protestantismo), não diretamente a políticas contra povos indígenas.
C — mudança da capital para Fortaleza: trata‑se de um anacronismo: a ação descrita refere‑se à retomada de fortes e à restauração religiosa, não a transferência administrativa de capital.
E — disputas das províncias com a metrópole: embora conflitos locais com a metrópole existissem, o contexto imediato do exemplo é a reconquista frente aos holandeses e a restauração católica, não disputas provinciais com Lisboa.
Dica de prova: identifique palavras-chave simbólicas (capela, Virgem, renomear) — elas costumam indicar ação religiosa/ideológica. Desconfie de alternativas que desviam o foco (urbanismo, administração) quando o enunciado enfatiza símbolos religiosos.
Fontes recomendadas: C. R. Boxer, The Dutch in Brazil, 1624–1654; Boris Fausto, História do Brasil.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





