Questão a65e3fd9-d4
Prova:CESMAC 2015
Disciplina:História
Assunto:Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A escravidão foi fundamental para Portugal manter-se no Brasil e construir um sistema de exploração da cana-de-açúcar. Os escravos:

1) trabalhavam na agricultura, sem frequentar os centros urbanos.
2) fizeram movimentos de rebeldia que merecem um destaque histórico.
3) tiveram grande apoio das instituições filiadas à Igreja Católica.
4) lutaram pela sua libertação, sobretudo, na zona açucareira da região sudeste.

Está(ão) correta(s) apenas:

A
1
B
2
C
1 e 3
D
2 e 4
E
3 e 4

Gabarito comentado

G
Gabrielle FrancoMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: B — (2)

Tema central: a questão trata da escravidão no Brasil colonial e de como os escravizados reagiram ao sistema — conhecimento essencial para concursos sobre História do Brasil: trabalhos, formas de resistência (quilombos, fugas, revoltas), atuação da Igreja e a distribuição regional do açúcar.

Resumo teórico: A economia açucareira colonial dependia intensamente do trabalho escravo. Além do trabalho rural nas plantações, muitos escravizados atuavam em áreas urbanas e em ofícios. As formas de resistência variaram: fugas e formação de quilombos (o caso mais famoso é Palmares), revoltas e pequenas sabotagens. A Igreja teve papel ambíguo — confrarias prestavam assistência, mas não representaram um movimento amplo a favor da libertação.

Justificativa da resposta (por que 2 é correta): Os escravizados promoveram diversas formas de rebelião e organização (quilombos, motins, fugas) que têm grande destaque na historiografia e na memória social — portanto a afirmação 2 é correta. Exemplos: Quilombo dos Palmares, revoltas locais e resistência cotidiana.

Análise das alternativas incorretas:

1) Afirmação imprecisa: é verdade que muitos trabalhavam na agricultura, mas dizer que não frequentavam centros urbanos é falso — havia intensa presença de escravos em cidades como serventes, domésticos e artesãos.

3) Errada: a Igreja teve atuação complexa. Irmandades e padres por vezes assistiam escravos individualmente, mas não houve um apoio institucional massivo à libertação; muitas estruturas religiosas conviviam com o sistema escravista.

4) Errada por erro geográfico e de ênfase: a zona açucareira primária colonial localizava-se no Nordeste (Pernambuco, Bahia, Alagoas), não "sobretudo" no Sudeste; o Sudeste viria a ter grande escravidão cafeeira depois, mas não é o centro clássico da cana-de-açúcar colonial.

Dica de prova: Desconfie de afirmações absolutas ("sem", "grande apoio", "sobretudo") e cheque termos geográficos; lembre nomes-chave (Palmares, irmandades) para justificar respostas.

Fontes recomendadas: Gilberto Freyre (Casa-Grande & Senzala), Emília Viotti da Costa, Florestan Fernandes e Boris Fausto — obras fundamentais para compreender escravidão e resistência no Brasil colonial.

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