A escravidão foi fundamental para Portugal manter-se
no Brasil e construir um sistema de exploração da
cana-de-açúcar. Os escravos:
1) trabalhavam na agricultura, sem frequentar os
centros urbanos.
2) fizeram movimentos de rebeldia que merecem
um destaque histórico.
3) tiveram grande apoio das instituições filiadas à
Igreja Católica.
4) lutaram pela sua libertação, sobretudo, na zona
açucareira da região sudeste.
Está(ão) correta(s) apenas:
1) trabalhavam na agricultura, sem frequentar os centros urbanos.
2) fizeram movimentos de rebeldia que merecem um destaque histórico.
3) tiveram grande apoio das instituições filiadas à Igreja Católica.
4) lutaram pela sua libertação, sobretudo, na zona açucareira da região sudeste.
Está(ão) correta(s) apenas:
Gabarito comentado
Alternativa correta: B — (2)
Tema central: a questão trata da escravidão no Brasil colonial e de como os escravizados reagiram ao sistema — conhecimento essencial para concursos sobre História do Brasil: trabalhos, formas de resistência (quilombos, fugas, revoltas), atuação da Igreja e a distribuição regional do açúcar.
Resumo teórico: A economia açucareira colonial dependia intensamente do trabalho escravo. Além do trabalho rural nas plantações, muitos escravizados atuavam em áreas urbanas e em ofícios. As formas de resistência variaram: fugas e formação de quilombos (o caso mais famoso é Palmares), revoltas e pequenas sabotagens. A Igreja teve papel ambíguo — confrarias prestavam assistência, mas não representaram um movimento amplo a favor da libertação.
Justificativa da resposta (por que 2 é correta): Os escravizados promoveram diversas formas de rebelião e organização (quilombos, motins, fugas) que têm grande destaque na historiografia e na memória social — portanto a afirmação 2 é correta. Exemplos: Quilombo dos Palmares, revoltas locais e resistência cotidiana.
Análise das alternativas incorretas:
1) Afirmação imprecisa: é verdade que muitos trabalhavam na agricultura, mas dizer que não frequentavam centros urbanos é falso — havia intensa presença de escravos em cidades como serventes, domésticos e artesãos.
3) Errada: a Igreja teve atuação complexa. Irmandades e padres por vezes assistiam escravos individualmente, mas não houve um apoio institucional massivo à libertação; muitas estruturas religiosas conviviam com o sistema escravista.
4) Errada por erro geográfico e de ênfase: a zona açucareira primária colonial localizava-se no Nordeste (Pernambuco, Bahia, Alagoas), não "sobretudo" no Sudeste; o Sudeste viria a ter grande escravidão cafeeira depois, mas não é o centro clássico da cana-de-açúcar colonial.
Dica de prova: Desconfie de afirmações absolutas ("sem", "grande apoio", "sobretudo") e cheque termos geográficos; lembre nomes-chave (Palmares, irmandades) para justificar respostas.
Fontes recomendadas: Gilberto Freyre (Casa-Grande & Senzala), Emília Viotti da Costa, Florestan Fernandes e Boris Fausto — obras fundamentais para compreender escravidão e resistência no Brasil colonial.
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