Há trinta anos, a República Popular da China iniciou uma política de reformas da economia
planificada implantada por Mao Tsé Tung.
A partir da análise dos dados das tabelas, duas transformações socioeconômicas resultantes
dessa política reformista são:
Gabarito comentado
Desde o final dos anos 1970, a República Popular da China tem passado por uma série de transformações econômicas profundas, iniciadas sob a liderança de Deng Xiaoping. Essas reformas foram projetadas para transformar uma economia rigidamente planificada sob Mao Tsé-Tung em uma mais orientada para o mercado, embora ainda sob controle estatal. Este período de ajustes e abertura econômica resultou em um crescimento econômico exponencial e alterações substanciais na estrutura socioeconômica do país.
O impacto dessas mudanças foi monumental, não apenas elevando a China ao status de uma das maiores economias do mundo, mas também gerando desafios internos significativos, como desigualdades sociais crescentes e concentração de capital. Diversos estudos, incluindo relatórios do Banco Mundial e análises da ONU, ilustram como a liberalização econômica trouxe prosperidade, ao mesmo tempo em que exacerbou disparidades regionais e sociais. Essas transformações têm sido objeto de amplo debate e análise, refletindo a complexidade da modernização sem precedentes vivida pela China.
A) Errada. A liderança tecnológica foi uma realidade, mas ao invés de reduzir os lucros empresariais, as reformas aumentaram significativamente a lucratividade e a capacidade competitiva das empresas chinesas no cenário global, conforme dados do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China.
B) Errada. A política chinesa foi caracterizada pela desestatização e não pela estatização da produção. O movimento foi em direção à criação de zonas econômicas especiais e abertura para investimentos estrangeiros, reduzindo o papel das empresas estatais conforme ilustrado em publicações da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento.
C) Errada. Embora tenha havido diversificação industrial, a China não promoveu formalmente a restrição dos direitos trabalhistas. Na verdade, houve uma evolução em direção à formalização desses direitos com a implementação de leis trabalhistas mais robustas na última década, como reportado por organizações como a Organização Internacional do Trabalho.
D) Correta. A concentração de capital e o aumento das desigualdades sociais são duas marcas registradas do período pós-reformas na China. Estudos recentes, incluindo aqueles publicados pelo Fundo Monetário Internacional, destacam como o rápido crescimento econômico foi acompanhado por uma ampla disparidade na distribuição de renda, especialmente entre áreas urbanas e rurais.
A opção D corretamente encapsula as consequências socioeconômicas das reformas econômicas chinesas. Estas transformações, enquanto propulsoras do status econômico global da China, também aprofundaram problemas internos de desigualdade. É crucial para estudantes e acadêmicos entenderem esses dinamismos para melhor contextualizar os debates contemporâneos sobre desenvolvimento econômico e políticas públicas.
Resposta: D
Gabarito do Professor: D
Referências bibliográficas:
Banco Mundial. Relatório sobre o desenvolvimento mundial. Disponível em: <https://www.bancomundial.org>. Acesso em: 21 abr. 2024.
Organização Internacional do Trabalho. Relatórios sobre legislação trabalhista na China. Disponível em: <https://www.ilo.org>. Acesso em: 21 abr. 2024.
Fundo Monetário Internacional. Estudos sobre desigualdade econômica. Disponível em: <https://www.imf.org>. Acesso em: 21 abr. 2024.