“No seu conjunto, e vista no plano mundial e
internacional, a colonização dos trópicos toma o
aspecto de uma vasta empresa comercial, mais
completa que a antiga feitoria, mas sempre com
o mesmo caráter que ela, destinada a explorar
os recursos naturais de um território virgem em
proveito do comércio europeu”.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil
Contemporâneo. Colônia. São Paulo: Editora Brasiliense,
1987, p. 31.
A partir do fragmento textual, assinale a
alternativa correta, no que se refere às
características dominantes da economia
colonial brasileira:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa E
Tema central: a questão trata das características dominantes da economia colonial brasileira — ou seja, como se organizava a produção e o comércio no período colonial, sob o pacto colonial e a lógica exportadora.
Resumo teórico: a economia colonial portuguesa no Brasil foi marcada por: monopólio comercial da metrópole (restrição do comércio exterior); grandes propriedades rurais (latifúndio) voltadas para a exportação; monocultura exportadora (açúcar no Nordeste; depois café no Sudeste); e pelo uso massivo de trabalho escravo, inicialmente indígena em pequena escala e, principalmente, de africanos trazidos em tráfico negreiro. Esses pontos são discutidos por Caio Prado Júnior (Formação do Brasil Contemporâneo) e em manuais de História do Brasil (ex.: Boris Fausto).
Por que a alternativa E é correta: ela reúne os elementos-chave: monopólio comercial (pacto colonial português), latifúndio, monocultura exportadora e trabalho escravo, destacando que, ao longo do período, a mão de obra escrava africana tornou-se dominante — exatamente a descrição teórica e historiográfica do modelo colonial.
Análise das alternativas incorretas:
- A — acerta latifúndio e açúcar, mas erra ao afirmar trabalho indígena como dominante; a escravidão africana foi a principal força de trabalho.
- B — “propriedades diversificadas” contraria a predominância do latifúndio e da monocultura; “trabalho servil” é vago e não explicita o tráfico escravista organizado.
- C — “pequenas vilas mercantis” não caracterizam o sistema (havia centros, mas a base era rural e latifundiária); embora mencione trabalho escravo e açúcar, falha em outros elementos centrais.
- D — “propriedade mini-fundiária” é incorreto (modelo era latifundiário, não minifundiário); repete corretamente escravidão, mas falha na caracterização da propriedade.
Dica para concursos: identifique palavras-chave (monopólio, latifúndio, monocultura, escravidão). Se uma alternativa reúne todos esses termos centrais, provavelmente está correta; desconfie de respostas que alteram um desses elementos fundamentais.
Fontes recomendadas: Caio Prado Júnior, Formação do Brasil Contemporâneo; Boris Fausto, História do Brasil.
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