Questão 9a0a2208-b9
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Atente para a seguinte citação a respeito do
índio:
“O índio não é uma questão de cocar de pena,
urucum e arco e flecha, algo de aparente e evidente
nesse sentido estereotipificante, mas sim uma
questão de ‘estado de espírito’. Um modo de ser e
não um modo de aparecer. Na verdade, algo mais
(ou menos) que um modo de ser: a indianidade
designava para nós um certo modo de devir, algo
essencialmente invisível, mas nem por isso menos
eficaz: um movimento infinitesimal incessante de
diferenciação, não um estado massivo de ‘diferença’
anteriorizada e estabilizada, isto é, uma identidade
(um dia seria bom os antropólogos pararem de
chamar identidade de diferença e vice-versa). A
nossa luta, portanto, era conceitual: nosso problema
era fazer com que o ‘ainda’ do juízo de senso
comum ‘esse pessoal ainda é índio’ (ou ‘não é mais’)
não significasse um estado transitório ou uma etapa
a ser vencida. A ideia é a de que os índios ‘ainda’
não tinham sido vencidos, nem jamais o seriam.
Eles jamais acabar(i)am de ser índios, ‘ainda que’...
Ou justamente porquê. Em suma, a ideia era que
‘índio’ não podia ser visto como uma etapa na
marcha ascensional até o invejável estado de
‘branco’ ou ‘civilizado’”.
CASTRO, Eduardo Viveiro de, “No Brasil todo mundo é
índio, exceto quem não é”, entrevista concedida à equipe
de edição do livro Povos Indígenas no Brasil, Instituto
Socioambiental (ISA), 2006.
Considerando o texto, acima apresentado, avalie as
seguintes proposições:
I. A integração dos povos indígenas à sociedade
brasileira não significa a perda de suas
culturas e de suas identidades socioculturais.
II. Os povos indígenas não deixam de ser índios
enquanto mantiverem o sentimento de
pertencer às suas comunidades e de serem
reconhecidos como indígenas, mesmo morando em cidades e participando da vida
moderna da atual sociedade brasileira.
Sobre essas afirmações, é correto dizer que
Atente para a seguinte citação a respeito do
índio:
“O índio não é uma questão de cocar de pena,
urucum e arco e flecha, algo de aparente e evidente
nesse sentido estereotipificante, mas sim uma
questão de ‘estado de espírito’. Um modo de ser e
não um modo de aparecer. Na verdade, algo mais
(ou menos) que um modo de ser: a indianidade
designava para nós um certo modo de devir, algo
essencialmente invisível, mas nem por isso menos
eficaz: um movimento infinitesimal incessante de
diferenciação, não um estado massivo de ‘diferença’
anteriorizada e estabilizada, isto é, uma identidade
(um dia seria bom os antropólogos pararem de
chamar identidade de diferença e vice-versa). A
nossa luta, portanto, era conceitual: nosso problema
era fazer com que o ‘ainda’ do juízo de senso
comum ‘esse pessoal ainda é índio’ (ou ‘não é mais’)
não significasse um estado transitório ou uma etapa
a ser vencida. A ideia é a de que os índios ‘ainda’
não tinham sido vencidos, nem jamais o seriam.
Eles jamais acabar(i)am de ser índios, ‘ainda que’...
Ou justamente porquê. Em suma, a ideia era que
‘índio’ não podia ser visto como uma etapa na
marcha ascensional até o invejável estado de
‘branco’ ou ‘civilizado’”.
CASTRO, Eduardo Viveiro de, “No Brasil todo mundo é
índio, exceto quem não é”, entrevista concedida à equipe
de edição do livro Povos Indígenas no Brasil, Instituto
Socioambiental (ISA), 2006.
Considerando o texto, acima apresentado, avalie as
seguintes proposições:
I. A integração dos povos indígenas à sociedade
brasileira não significa a perda de suas
culturas e de suas identidades socioculturais.
II. Os povos indígenas não deixam de ser índios
enquanto mantiverem o sentimento de
pertencer às suas comunidades e de serem
reconhecidos como indígenas, mesmo morando em cidades e participando da vida
moderna da atual sociedade brasileira.
Sobre essas afirmações, é correto dizer que
A
I é falsa e II é verdadeira.
B
ambas são verdadeiras.
C
ambas são falsas.
D
I é verdadeira e II é falsa.