Modernização e nacional-desenvolvimentismo
De modo geral, pode-se dizer que até o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, as
receitas para a modernização do Brasil prescreviam a organização do Estado: era o Estado
que estaria encarregado de formar a nação e seu povo, e para isso era fundamental uma
cultura nacional. Após o início da Guerra Fria, a necessidade de vencer obstáculos e
transformar o país permaneceu constante, mas a modernização passou a ter como alvo
principal o estabelecimento de políticas que visassem a desenvolver o país, ou seja, a
acelerar seu crescimento econômico em direção à industrialização e à urbanização.
(OLIVEIRA, L. L. Cultura e Identidade Nacional no Brasil do Século XX. In: GOMES, A. C.; PANDOLFI, D. C.; ALBERTI, V. (Org.). A República no
Brasil. RJ: FGV, 2010. p. 359.)
Durante o século XX, a modernização do país foi um objetivo perseguido em várias
estratégias de governo. Com o projeto nacional-desenvolvimentista, o presidente Juscelino
Kubitschek (1956-1961) buscou
Modernização e nacional-desenvolvimentismo
De modo geral, pode-se dizer que até o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, as receitas para a modernização do Brasil prescreviam a organização do Estado: era o Estado que estaria encarregado de formar a nação e seu povo, e para isso era fundamental uma cultura nacional. Após o início da Guerra Fria, a necessidade de vencer obstáculos e transformar o país permaneceu constante, mas a modernização passou a ter como alvo principal o estabelecimento de políticas que visassem a desenvolver o país, ou seja, a acelerar seu crescimento econômico em direção à industrialização e à urbanização.
(OLIVEIRA, L. L. Cultura e Identidade Nacional no Brasil do Século XX. In: GOMES, A. C.; PANDOLFI, D. C.; ALBERTI, V. (Org.). A República no Brasil. RJ: FGV, 2010. p. 359.)
Durante o século XX, a modernização do país foi um objetivo perseguido em várias estratégias de governo. Com o projeto nacional-desenvolvimentista, o presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961) buscou
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
Tema central: modernização e nacional-desenvolvimentismo no Brasil da década de 1950 — especialmente o governo de Juscelino Kubitschek (1956–1961). É necessário conectar políticas públicas (Plano de Metas) a ações concretas: interiorização, obras de infraestrutura e estímulo à industrialização.
Resumo teórico: o nacional-desenvolvimentismo combina proteção seletiva ao mercado nacional, atração de investimentos para indústria de base e grande obra pública para integrar e modernizar o país. No governo JK destacou‑se o lema “50 anos em 5”, o Plano de Metas e a construção de Brasília — instrumentos para acelerar industrialização e urbanização (ver Plano de Metas, 1956; análises em Thomas Skidmore e Boris Fausto).
Justificativa da alternativa C: JK priorizou a integração territorial e a interiorização da capital (construção de Brasília, deslocando o centro administrativo para o interior) e investiu pesadamente em rodovias e infraestrutura para conectar regiões e favorecer o processo industrial e urbano. Essas medidas constam no Plano de Metas e são consenso em historiografia (Skidmore; Fausto).
Análise das incorretas:
A — incorreta: JK não fechou o país ao capital estrangeiro. Ao contrário, seu governo atraiu montadoras e capitais para a indústria automobilística e outros setores; houve protecionismo seletivo, não isolamento total.
B — incorreta: embora políticas econômicas privilegiassem a industrialização e setores urbanos, JK não constituiu uma aliança que resultasse na extinção dos direitos sociais dos trabalhadores. Essa alternativa exagera e distorce o contexto.
D — incorreta: JK não rompeu com a orientação de modernização por industrialização iniciada em parte por Getúlio Vargas; ele deu continuidade e ampliou esse projeto, com foco mais intenso na infraestrutura e integração territorial.
Dica de prova: busque palavras-chave do enunciado — “interiorização da capital”, “rodovias”, “Plano de Metas” — e desconfie de alternativas extremas (fechar o comércio, extinção de direitos). Relacione sempre políticas concretas (obras, planos) ao governo citado.
Fontes e leitura recomendada: Plano de Metas (1956); Thomas Skidmore, Brazil: Five Centuries of Change; Boris Fausto, História do Brasil.
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