Questão 96eee99d-d5
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Analise a formulação do seguinte trecho: “Ficam
desacreditadas as solenes exposições pedagógicas
sobre disciplina e respeito aos direitos do outro quando
a escola é conivente com brincadeiras agressivas. Os
repetidos sermões sobre limites ficam sob suspeita se
os pais passam pelo acostamento quando a estrada
está congestionada ou param em fila dupla na frente
da escola. Nossas conversas sobre integridade ficam
comprometidas quando compramos vídeos e discos
pirateados ou fazemos ligações clandestinas de TV a
cabo”. Pode-se perceber nesse trecho:
Analise a formulação do seguinte trecho: “Ficam
desacreditadas as solenes exposições pedagógicas
sobre disciplina e respeito aos direitos do outro quando
a escola é conivente com brincadeiras agressivas. Os
repetidos sermões sobre limites ficam sob suspeita se
os pais passam pelo acostamento quando a estrada
está congestionada ou param em fila dupla na frente
da escola. Nossas conversas sobre integridade ficam
comprometidas quando compramos vídeos e discos
pirateados ou fazemos ligações clandestinas de TV a
cabo”. Pode-se perceber nesse trecho:
TEXTO 1
A valorização da ética
(1) Há um paradoxo na nossa relação com a ética. Pais,
filósofos e educadores concordam quanto aos valores a
serem transmitidos e preservados. A questão é que a
crença nos valores se dá no atacado e no abstrato,
enquanto sua transmissão se faz no concreto das relações
cotidianas. Aí se instala a contradição.
(2) Ficam desacreditadas as solenes exposições
pedagógicas sobre disciplina e respeito aos direitos do
outro quando a escola é conivente com brincadeiras
agressivas. Os repetidos sermões sobre limites ficam sob
suspeita se os pais passam pelo acostamento quando a
estrada está congestionada ou param em fila dupla na
frente da escola. Nossas conversas sobre integridade ficam
comprometidas quando compramos vídeos e discos
pirateados ou fazemos ligações clandestinas de TV a cabo.
(3) Talvez a coerência não seja um atributo dos humanos:
sentimentos contraditórios convivem tranquilamente dentro
de nós. Infelizmente, também somos muito distraídos: a
maior parte do tempo, funcionamos sob o comando de um
‘piloto automático’, que nos empurra para o caminho mais
fácil, esquecidos dos valores que deveriam nortear nossas
escolhas.
(4) Mas a hipocrisia está a um passo à frente do cinismo, na
medida em que o hipócrita sabe qual é o caminho do bem,
reconhece que deveria percorrê-lo, mas não consegue pôr
em prática sua crença teórica. Diferentemente do cínico,
que nega a validade de qualquer escolha e adota o
princípio do “não tenho nada com isso”, com um alienado
encolher de ombros.
(5) Talvez seja essa a verdadeira ameaça a nos desviar do
caminho de um futuro melhor. Uma geração de jovens
cínicos e alienados poderia, de fato, pôr tudo a perder. O
mundo será melhor quando cuidarmos para que nosso
comportamento reflita nossos princípios e transformarmos
os discursos sobre fraternidade em gestos de solidariedade.
Aí, então, a opção pelo caminho da ética se fará não por
temor à punição ou à censura, mas como exercício de
amor-próprio, como um componente da dignidade.
(Aratangy, Lídia Rosenberg. Claudia. São Paulo: Abril, jun. 2004,
p. 148-151. Adaptado)
TEXTO 1
A valorização da ética
(1) Há um paradoxo na nossa relação com a ética. Pais,
filósofos e educadores concordam quanto aos valores a
serem transmitidos e preservados. A questão é que a
crença nos valores se dá no atacado e no abstrato,
enquanto sua transmissão se faz no concreto das relações
cotidianas. Aí se instala a contradição.
(2) Ficam desacreditadas as solenes exposições
pedagógicas sobre disciplina e respeito aos direitos do
outro quando a escola é conivente com brincadeiras
agressivas. Os repetidos sermões sobre limites ficam sob
suspeita se os pais passam pelo acostamento quando a
estrada está congestionada ou param em fila dupla na
frente da escola. Nossas conversas sobre integridade ficam
comprometidas quando compramos vídeos e discos
pirateados ou fazemos ligações clandestinas de TV a cabo.
(3) Talvez a coerência não seja um atributo dos humanos:
sentimentos contraditórios convivem tranquilamente dentro
de nós. Infelizmente, também somos muito distraídos: a
maior parte do tempo, funcionamos sob o comando de um
‘piloto automático’, que nos empurra para o caminho mais
fácil, esquecidos dos valores que deveriam nortear nossas
escolhas.
(4) Mas a hipocrisia está a um passo à frente do cinismo, na
medida em que o hipócrita sabe qual é o caminho do bem,
reconhece que deveria percorrê-lo, mas não consegue pôr
em prática sua crença teórica. Diferentemente do cínico,
que nega a validade de qualquer escolha e adota o
princípio do “não tenho nada com isso”, com um alienado
encolher de ombros.
(5) Talvez seja essa a verdadeira ameaça a nos desviar do
caminho de um futuro melhor. Uma geração de jovens
cínicos e alienados poderia, de fato, pôr tudo a perder. O
mundo será melhor quando cuidarmos para que nosso
comportamento reflita nossos princípios e transformarmos
os discursos sobre fraternidade em gestos de solidariedade.
Aí, então, a opção pelo caminho da ética se fará não por
temor à punição ou à censura, mas como exercício de
amor-próprio, como um componente da dignidade.
(Aratangy, Lídia Rosenberg. Claudia. São Paulo: Abril, jun. 2004,
p. 148-151. Adaptado)
A
o uso constante de sujeitos pospostos aos verbos
principais, nos segmentos sublinhados.
B
a predominância da inclusão do autor na
formulação do discurso, o que fica claro no uso
de referências ao discurso direto
C
uma reiteração, na medida em que se reforça
uma ideia com termos semanticamente bastante
próximos.
D
a total omissão aos contextos e às circunstâncias
que justificariam as afirmações feitas.
E
a falta de recursos coesivos, como conjunções e
pronomes, dificultando-se o entendimento de sua
coerência.
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