Questão 964d3be7-d5
Prova:UNICAMP 2014
Disciplina:História
Assunto:História Geral, Primeira Guerra Mundial

O relato a seguir é parte da biografia de um homem que passou sua infância no atual Mali.

Em novembro de 1918, a África, como a metrópole, festejou o fim da Grande Guerra Mundial e a vitória da França e seus aliados (…). Estávamos orgulhosos do papel desempenhado pelos soldados africanos na frente de batalha. (…) Os sobreviventes que voltaram em 1918- 1919 foram a causa de um novo fenômeno social que influiu na evolução da mentalidade nativa. Estou falando do fim do mito do homem branco como ser invencível e sem defeitos.

(Amadou Hampâté Bâ, Amkoullel, o menino fula. São Paulo: Palas Athena/Casa das Áfricas, 2003, p. 312-313.)

Considerando o relato acima, é correto afirmar que

A
a presença dos soldados africanos contribuiu para construir uma identidade africana sustentada nos princípios bélicos do imperialismo europeu.
B
a presença de soldados africanos nos conflitos contribuiu para o questionamento do mito da superioridade do homem branco.
C
o autor, ao apresentar a fragilidade do homem branco, instaurou um discurso inverso de superioridade dos africanos.
D
o autor, ao apresentar o norte da África como parte da França, exaltou o projeto imperialista francês e suas estratégias de integração cultural.

Gabarito comentado

Sávia CordeiroMestre em Direito Constitucional (PUC-Rio) e Assessora da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro
-> a letra A está incorreta, pois a volta dos africanos da I Grande Guerra (I GG) desencadeou um processo de construção da identidade africana, baseada na mentalidade nativa, e não no imperialismo europeu.

-> a letra B está correta, pois o autor relaciona a volta dos soldados africanos com o “fim do mito do homem branco como ser invencível e sem defeitos".

-> a letra C está incorreta, pois, em nenhum momento, o autor menciona uma superioridade dos africanos, apenas afirma que houve um desenvolvimento da mentalidade nativa.

-> a letra D está incorreta, pois o autor comenta a exaltação pelo fim da I GG e a vitória da França e seus aliados. No que se refere ao imperialismo francês, o texto apresenta-se visivelmente crítico.


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