“A dissolução da Assembleia Constituinte e a outorga da Carta de 1824 acirraram os ânimos, principalmente em Pernambuco. O que incomodava os pernambucanos, assim como os membros da elite de outras províncias dos atuais Nordeste e Norte, era a falta de autonomia, em decorrência da opção de D. Pedro por um regime centralizado a partir do Rio de Janeiro.” (VAINFAS, Ronaldo e outros. História 2: o longo século XIX. – 2° Ed. São Paulo:Saraiva, 2013. p. 153)

O texto faz referencia à política autoritária de D. Pedro I, a qual ocasionou a

Alternativa correta: C – Confederação do Equador.

Tema central: a questão trata da reação regional à centralização promovida por D. Pedro I após a outorga da Constituição de 1824. É preciso relacionar temporalidade (imediatamente pós-1824) e conteúdo político (falta de autonomia das províncias) para identificar o movimento correspondente.

Resumo teórico: após a dissolução da Assembleia Constituinte e a imposição da Carta de 1824, o Império adotou um regime fortemente centralizador com poderes amplos ao Executivo. Setores das elites das províncias do Nordeste (especialmente Pernambuco) e do Norte reagiram contra essa perda de autonomia, desencadeando em 1824 a Confederação do Equador, movimento separatista e republicano que exigia maior descentralização e autonomia regional. (Ver: Vainfas, Ronaldo; Constituição de 1824; estudos sobre a Confederação do Equador, 1824).

Por que a alternativa C é correta: o enunciado indica exatamente o contexto e o ano-chave (outorga da Carta de 1824 e reação em Pernambuco). A Confederação do Equador ocorreu em 1824 como resposta à centralização imperial — portanto, encaixa-se perfeitamente nas informações do texto.

Análise das alternativas incorretas:

A – Revolução Praieira: movimento liberal e federalista de 1848–1849 em Pernambuco. Temporalmente posterior e com objetivos diferentes (reformas políticas e sociais na década de 1840), não consequência imediata da outorga de 1824.

B – Guerra dos Mascates: conflito entre elites de Olinda e Recife em 1710, no período colonial. Antecede o período imperial por mais de um século; não tem relação com a Constituição de 1824.

D – Revolta de Beckman: levante de 1684 na região amazônica contra o monopólio da Companhia de Comércio do Maranhão. Também é um evento colonial, distante temporal e contextualmente do problema colocado.

Dica de prova: ao resolver questões históricas, identifique palavras-chave (datas, locais, “outorga”, “dissolução da Constituinte”, “centralização”) e elimine alternativas por anacronismo ou incoerência de objetivos. Cronologia + objetivo político = método rápido e seguro.

Fontes recomendadas: VAINFAS, Ronaldo (História do Brasil: O longo século XIX); texto da Constituição de 1824; artigos acadêmicos sobre a Confederação do Equador (1824).

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