Questão 8fde76d3-b0
Prova:UDESC 2016
Disciplina:História
Assunto:Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil
De acordo com os autores do texto, João José Reis e Eduardo Silva, assinale a alternativa
incorreta.
De acordo com os autores do texto, João José Reis e Eduardo Silva, assinale a alternativa
incorreta.
Leia atentamente o texto para responder à questão.
“A unidade básica de resistência no sistema escravista, seu aspecto típico, foram as fugas. (...)
Fugas individuais ocorrem em reação a maus tratos físicos ou morais, concretizados ou
prometidos, por senhores ou prepostos mais violentos. Mas outras arbitrariedades, além da
chibata, precisam ser computadas. Muitas fugas tinham por objetivo refazer laços afetivos
rompidos pela venda de pais, esposas e filhos. (...) No Brasil, a condenação [da escravidão] só
ganharia força na segunda metade do século, quando o país independente, fortemente
penetrado por ideias e práticas liberais, se integra ao mercado internacional capitalista. (...)
“Tirar cipó” – isto é, fugir para o mato – continuou durante muito tempo como sinónimo de
evadir-se, como aparece no romance A carne, de Júlio Ribeiro. Mas as fugas, como tendência,
não se dirigem mais simplesmente para fora, como antes; se voltam para dentro, isto é, para o
interior da própria sociedade escravista, onde encontram, finalmente, a dimensão política de
luta pela transformação do sistema. “O não quero dos cativos”, nesse momento, desempenha
papel decisivo na liquidação do sistema, conforme analisou o abolicionista Rui Barbosa”.
REIS, João José. SILVA, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São
Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 62-66-71.
Leia atentamente o texto para responder à questão.
“A unidade básica de resistência no sistema escravista, seu aspecto típico, foram as fugas. (...)
Fugas individuais ocorrem em reação a maus tratos físicos ou morais, concretizados ou
prometidos, por senhores ou prepostos mais violentos. Mas outras arbitrariedades, além da
chibata, precisam ser computadas. Muitas fugas tinham por objetivo refazer laços afetivos
rompidos pela venda de pais, esposas e filhos. (...) No Brasil, a condenação [da escravidão] só
ganharia força na segunda metade do século, quando o país independente, fortemente
penetrado por ideias e práticas liberais, se integra ao mercado internacional capitalista. (...)
“Tirar cipó” – isto é, fugir para o mato – continuou durante muito tempo como sinónimo de
evadir-se, como aparece no romance A carne, de Júlio Ribeiro. Mas as fugas, como tendência,
não se dirigem mais simplesmente para fora, como antes; se voltam para dentro, isto é, para o
interior da própria sociedade escravista, onde encontram, finalmente, a dimensão política de
luta pela transformação do sistema. “O não quero dos cativos”, nesse momento, desempenha
papel decisivo na liquidação do sistema, conforme analisou o abolicionista Rui Barbosa”.
REIS, João José. SILVA, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São
Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 62-66-71.
A
As fugas de escravos entre os séculos XVI e XIX tiveram motivações diversas, entre
elas o tráfico interprovincial.
B
Durante o século XIX, a luta dos escravos pela liberdade não se dava somente pela
fuga coletiva para a formação de quilombos.
C
As cidades, no século XIX, tornaram-se espaços significativos para as lutas pela
abolição.
D
Os escravos foram agentes da história, e não apenas força de trabalho.
E
A naturalização do sistema escravista se manteve estável durante o período colonial e
o imperial.