Sobre a questão agrária no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C (INCORRETA)
Tema central: questão agrária no Brasil — envolve movimentos camponeses (Ligas Camponesas, MST), legislação rural (Estatuto do Trabalhador Rural, Estatuto da Terra) e a ação de elites/organizações como a União Democrática Ruralista (UDR). É fundamental dominar cronologia (décadas de 1950–1980) e diferenças entre governos (Vargas, Goulart, regime militar, Sarney).
Por que a alternativa C está errada? A frase afirma que o governo Sarney teria tornado a UDR ilegal, favorecendo os sem-terra e impedindo a violência no campo. Isso contraria fatos conhecidos: a UDR é uma entidade de proprietários rurais organizada na década de 1980 e atuou legalmente como reação aos movimentos por terra; o governo Sarney (1985–1990) não declarou a UDR ilegal nem promoveu uma política que eliminasse a violência rural. Pelo contrário, o período teve conflitos agrários intensos e ações limitadas de reforma agrária — logo, a afirmação é falsa e a alternativa, incorreta.
Análise das alternativas corretas (resumo):
A — Verdadeira. As Ligas Camponesas (lideranças como Francisco Julião) surgiram nos anos 1950 lutando contra práticas como foro e cambão, por assistência técnica/crédito; a partir de 1961 intensificaram a defesa da reforma agrária.
B — Verdadeira. O Estatuto do Trabalhador Rural (medidas do governo Goulart) buscou estender direitos e institucionalizar o sindicalismo rural, mas teve implementação limitada e impacto reduzido frente à resistência das elites e o golpe de 1964.
D — Verdadeira. O novo padrão de acumulação nos anos 1930 impulsionou industrialização e deu prioridade a direitos dos trabalhadores urbanos (políticas trabalhistas consolidadas posteriormente, ex.: CLT/1943), enquanto os camponeses permaneceram largamente excluídos de reformas profundas.
Estratégia para resolver questões assim: verifique cronologia (quem governava quando), identifique atores (UDR é reação de proprietários, não aliado dos sem-terra) e compare afirmações com políticas reais (reformas, leis, repressão). Palavras-chave como “colocar na ilegalidade” e “impedindo que a violência se alastrasse” pedem checagem factual — se contradizem o contexto histórico, descartá-las.
Fontes sugeridas: estudos sobre Ligas Camponesas (Francisco Julião), Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/1964) e literatura sobre políticas agrárias e conflitos rurais no Brasil (obra coletiva de sociólogos e historiadores do campo agrário).
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