Sobre o mundo árabe, assinale a alternativa
INCORRETA:
Gabarito comentado
Alternativa correta: D — trata-se da afirmação INCORRETA sobre o mundo árabe.
Tema central: história do mundo árabe islâmico (pré-islâmico, vida de Maomé, divisão sunita/xiita e dinastias turcas). É importante conhecer cronologia básica, papéis políticos e diferenças religiosas para detectar afirmações falsas.
Resumo teórico sucinto: - Pré‑Islã: sociedade tribal (beduínos e aldeias/centros urbanos). Meca era pólo comercial e religioso; a Caaba abrigava ídolos tribais. - Maomé: migrou para Yathrib (Medina) em 622, tornou‑se líder religioso e político, e conquistou Meca em 630. - Cisma sunita‑xiita: origem política sobre a sucessão (sunitas aceitam liderança legitimada pela comunidade; xiitas defendem liderança por membros da família de Ali), com consequências religiosas e políticas. - Turcos: Seljúcidas (séculos XI–XII) controlaram partes do Oriente Médio; otomanos (séculos XIV–XX) eram muçulmanos e só muito depois — nunca ― converteram‑se ao cristianismo.
Por que a alternativa D é incorreta: A frase mistura e inverte eventos e identidades históricas. Os turcos otomanos eram muçulmanos, não convertidos ao cristianismo; os seljúcidas não "consolidaram domínio em Constantinopla" (essa cidade era o coração bizantino até 1453, quando os otomanos conquistaram Constantinopla). A afirmação também apresenta uma causalidade errada entre essas supostas conversões e a "garantia" de peregrinação cristã à Terra Santa. Em suma: erros factuais sobre religiões, cronologia e geopolítica.
Análise das demais alternativas:
A — correta em essência: descreve a organização tribal e o papel de Meca/Kaaba no comércio e no culto politeísta pré-islâmico (ver Britannica; Kennedy).
B —, apesar de linguagem simplificada, é aceitável para concurso: Maomé tornou‑se líder em Yathrib/Medina e liderou campanhas que culminaram na unificação da Arábia; atenção: "jihad" é conceito complexo, não reduzível à mera "conversão forçada".
C — sintetiza a divisão sunita/xiita ligada à queda da unidade política; cuidado com termos absolutos: ambos aceitam o Alcorão, mas diferem sobre autoridade religiosa (imames, hadiths). Ainda assim, a alternativa captura a ideia central da fragmentação religiosa.
Estratégia de prova: procure anacronismos (ex.: conversões em massa impossíveis), identifique nomes corretos (Medina/Yathrib) e verifique quem era muçulmano/ cristão em cada período. Frases que misturam eventos de séculos distintos costumam sinalizar erro.
Fontes sugeridas: Encyclopaedia Britannica (entries: "Muhammad", "Sunni", "Shia", "Seljuk Empire"); Hugh Kennedy, The Prophet and the Age of the Caliphates.
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