Durante o processo de industrialização na Europa, a
exploração social foi intensa devido às duras condições de
trabalho impostas, contra as quais emergiram movimentos
operários significativos no século XIX, caso do
Atenção: Para responder à questão,
considere o texto abaixo.
Com base numa ideia central de Lucien Goldmann, o crítico e historiador Alfredo Bosi propõe, para a moderna ficção
brasileira, enquadramentos como estes:
I. romances de tensão mínima: as personagens não
se destacam visceralmente da estrutura social e da
paisagem que as condicionam. Exemplos, as histórias populistas de Jorge Amado.
II. romances de tensão crítica: o herói opõe-se e
resiste agonicamente às pressões da natureza e da
exploração social. Exemplos, os romances de
Graciliano Ramos.
III. romances de tensão transfigurada: o herói procura
ultrapassar o conflito que o constitui existencialmente
pela transmutação mítica ou metafísica da
realidade: Exemplos, Guimarães Rosa e Clarice
Lispector.
(Apud História concisa da literatura brasileira. São Paulo:
Cultrix, 1970)
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Com base numa ideia central de Lucien Goldmann, o crítico e historiador Alfredo Bosi propõe, para a moderna ficção brasileira, enquadramentos como estes:
I. romances de tensão mínima: as personagens não se destacam visceralmente da estrutura social e da paisagem que as condicionam. Exemplos, as histórias populistas de Jorge Amado.
II. romances de tensão crítica: o herói opõe-se e resiste agonicamente às pressões da natureza e da exploração social. Exemplos, os romances de Graciliano Ramos.
III. romances de tensão transfigurada: o herói procura ultrapassar o conflito que o constitui existencialmente pela transmutação mítica ou metafísica da realidade: Exemplos, Guimarães Rosa e Clarice Lispector.
(Apud História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1970)
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: a questão trata dos principais movimentos operários e das respostas sociais à exploração gerada pela industrialização na Europa do século XIX. Para resolver, é necessário identificar qual movimento corresponde à descrição dada (manifesto enviado ao parlamento — a "Carta ao Povo" — e reivindicação do sufrágio universal).
Resumo teórico: o Cartismo (Chartism) surgiu na Grã‑Bretanha, entre as décadas de 1830–1840. Seu documento‑base, a People’s Charter (1838), exigia — em linhas gerais — sufrágio masculino universal, voto secreto, eliminação das qualificações de propriedade para deputados, pagamento dos parlamentares, distritos eleitorais iguais e realização de eleições anuais. Foi um movimento de massas operárias urbanas que buscava reformas políticas através de petições e mobilização popular (ver, por exemplo, E. P. Thompson, A Formação da Classe Operária).
Por que B está correta: a alternativa descreve o Cartismo como movimento que reivindicava o sufrágio universal e teve origem na "Carta ao Povo" — correspondência correta ao People’s Charter/Chartist movement. Essa descrição casa com a história do movimento operário britânico do século XIX.
Análise das alternativas incorretas:
A (Bolchevismo): refere‑se ao movimento revolucionário russo do início do século XX (Bolsheviks, 1917). Não é um movimento do século XIX inglês nem tem origem na "Carta ao Povo". A menção à “Internacional” e à aliança operário‑camponês está anacrônica ou imprecisa para o período descrito.
C (Taylorismo): Taylorismo é a administração científica (início do século XX) que propunha controle do trabalho por meio de estudos de tempo e métodos — ou seja, é uma técnica de gestão, não um movimento operário reivindicatório nem um conselho de operários para participação nos lucros.
D (Ludismo): Luddites (início do século XIX) eram artesãos que destruíam máquinas como forma de protesto contra a mecanização. Contudo, não estruturaram um programa socialista de anulação dos cercamentos nem articularam uma Carta ao Parlamento; sua ação foi mais localizada e reativa.
E (Anarcossindicalismo): corrente do movimento operário (tarda‑século XIX e início do XX) que defende o uso dos sindicatos/ações diretas para transformar a sociedade — não “substituição aos sindicatos”; a alternativa está conceitualmente confusa e não corresponde ao Cartismo.
Dica para provas: associe palavras‑chave do enunciado (ex.: "Carta ao Povo", "sufrágio universal") ao contexto geográfico e cronológico. Isso elimina opções anacrônicas (Bolchevismo, Taylorismo) ou conceitualmente imprecisas.
Fontes sugestivas: People’s Charter (1838); E. P. Thompson, A Formation of the English Working Class; verbetes sobre Chartism na Encyclopedia Britannica.
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