Leia o fragmento a seguir:
“Então, quando o cabo do braçalote gemeu, encapelando-se no Cais da verga até os cotovelos do horizonte sem fim,
sua memória também rangeu com os dentes da catraca, e pôde lembrar-se de quando estourara a notícia da prisão
[...]: o outrora arguto Conde de Oeiras fora considerado traidor e condenado à morte. Subira ao trono [...] e com ela
todo o desencanto com a monarquia.”
Fonte: BARRETO, Antônio. A barca dos amantes. 4ª ed. Belo Horizonte[MG]: Lê, p. 27. 2018. [Fragmento: Adaptado]
O fragmento de Antônio Barreto, na obra “A barca dos amantes”, em suas lacunas, retrata personagens históricos
como, EXCETO:
Leia o fragmento a seguir:
“Então, quando o cabo do braçalote gemeu, encapelando-se no Cais da verga até os cotovelos do horizonte sem fim, sua memória também rangeu com os dentes da catraca, e pôde lembrar-se de quando estourara a notícia da prisão [...]: o outrora arguto Conde de Oeiras fora considerado traidor e condenado à morte. Subira ao trono [...] e com ela todo o desencanto com a monarquia.”
Fonte: BARRETO, Antônio. A barca dos amantes. 4ª ed. Belo Horizonte[MG]: Lê, p. 27. 2018. [Fragmento: Adaptado]
O fragmento de Antônio Barreto, na obra “A barca dos amantes”, em suas lacunas, retrata personagens históricos como, EXCETO:
Gabarito comentado
Alternativa correta: C
Tema central: trata-se de História de Portugal no século XVIII, especificamente do período pombalino (Ministro Marquês de Pombal), da sucessão dinástica (D. José I → D. Maria I) e das mudanças políticas após 1777. Para resolver a questão é preciso reconhecer nomes e cargos (Conde de Oeiras = Sebastião José de Carvalho e Melo) e relacioná‑los à cronologia política.
Resumo teórico claro: - Sebastião José de Carvalho e Melo ganhou poder como ministro de D. José I após o terramoto de 1755; foi conde de Oeiras e depois marquês de Pombal, implementando reformas administrativas, econômicas e expulsando/combateu a Companhia de Jesus. - D. José I foi rei durante o auge pombalino; o verdadeiro corte político vigorava pela ação de Pombal. - Em 1777, com a morte de D. José I, sua filha D. Maria I subiu ao trono e reverteu o prestígio de Pombal, demitindo‑o e promovendo sua queda política (marcando o “desencanto” com a monarquia para os que apoiavam Pombal).
Por que a alternativa C é a correta (EXCETO): a assertiva C apresenta D. José I como personagem retratado nas lacunas do fragmento. Contudo o texto refere‑se ao “Conde de Oeiras” sendo acusado/condemado e a uma pessoa que “subira ao trono” com que veio o desencanto — referência típica à D. Maria I, que, ao ascender em 1777, promoveu a queda de Pombal. Assim, D. José I não é o personagem ausente nas lacunas; o fragmento evoca Pombal e a mudança causada pela subida de D. Maria I. Por isso, C (que identifica D. José I como representado) é a alternativa que deve ser assinalada como EXCETO.
Análise das demais alternativas: - A: fala de Sebastião José de Carvalho e Melo (Conde de Oeiras → Marquês de Pombal) e menciona prisão/condenação — o fragmento contém referência a acusação/pena contra o Conde de Oeiras, logo a figura de Pombal está contemplada. - B: descreve D. Maria I, “a que subiu ao trono” e causou reviravolta política; o fragmento sugere essa mudança e desencanto, por isso B está representada. - D: refere‑se ao papel enérgico do Marquês de Pombal e suas lutas contra a nobreza e a Companhia de Jesus — conteúdo diretamente associado ao contexto do fragmento e histórico, portanto também representado.
Estratégia de prova rápida: identificar nomes-chave no enunciado (Conde de Oeiras → Pombal; “subira ao trono” → verificar quem sucede D. José I: D. Maria I). Relacione cronologia (1755 → auge de Pombal; 1777 → fim do seu poder). Isso elimina alternativas que conflitam com a sequência histórica.
Fontes breves: Encyclopaedia Britannica (entrada “Marquês de Pombal”), literatura introdutória sobre a História de Portugal (capítulos sobre o século XVIII e a governação pombalina).
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