A criação de riquezas implica sacrifícios dos trabalhadores em seu dia a dia.

Resposta: C — Certo

Tema central: relação entre sociedade capitalista e mundo do trabalho — como a criação de riqueza depende do trabalho assalariado e costuma exigir sacrifícios cotidianos dos trabalhadores (tempo, esforço, condições precárias, falta de reconhecimento).

Resumo teórico rápido: No capitalismo, o trabalho assalariado produz valor que é apropriado privadamente pelos proprietários do capital. Segundo Karl Marx (O Capital), o valor excedente produzido pelo trabalhador — a mais-valia — torna possível a acumulação de riquezas por uma minoria, enquanto o trabalhador recebe apenas uma parcela (o salário) e arca com os custos e sacrifícios do processo produtivo. Há também alienação: o trabalhador não se reconhece no produto final nem desfruta plenamente do que ajuda a criar.

Justificativa da alternativa C: Os versos apresentados mostram um trabalhador que “ajudou a levantar” o edifício, passou por dificuldades cotidianas (muitas conduções, esforço) e, depois, não pode sequer admirá-lo sem ser desconfiado — símbolo de falta de reconhecimento e do custo pessoal do trabalho. Esse exemplo ilustra exatamente a ideia de que a criação de riquezas no capitalismo costuma implicar sacrifícios diários dos trabalhadores (tempo de deslocamento, desgaste físico, privação de lazer e estigma social). A interpretação alinha-se às análises clássicas sobre exploração e alienação (Marx) e às discussões contemporâneas sobre precarização do trabalho (relatórios da OIT sobre condições laborais).

Dica de prova: ao avaliar enunciados sobre capitalismo, busque na cena descrita evidências de: (1) quem apropria-se da riqueza criada; (2) se há custos/sofrimentos atribuíveis ao trabalhador; (3) ausência de reconhecimento ou fruição do produto — esses indicativos sustentam afirmações sobre sacrifício laboral.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!