A forma do Estado moderno, tal como é conhecida atualmente, nem sempre existiu e seus elementos
diferem dos Estados da Antiguidade e da Idade Média. Com base nos conhecimentos sociológicos sobre
a formação do Estado moderno, assinale a alternativa correta.
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: Formação do Estado moderno — composição, tipos de dominação e mudanças institucionais. É importante saber conceitos de Weber (tipos de autoridade), Marx/Engels (Estado e classes) e elementos que definem o Estado moderno (monopólio legítimo da força, burocracia, centralização).
Resumo teórico rápido: Segundo Max Weber, o Estado moderno se caracteriza pelo monopólio da violência legítima dentro de um território e pela ascensão da autoridade legal-racional, ou seja, dominação fundada em regras impessoais e administração profissional (burocracia). A burocracia implica hierarquia, carreira, normas escritas e especialização técnica. (Fontes: Weber, Economy and Society; sintetizações em manuais de sociologia política.)
Por que a alternativa E está correta: Ela afirma que o desenvolvimento do Estado moderno se identifica com a ascensão do tipo de dominação legal e burocrática. Isso é precisamente a leitura weberiana: o modernizar estatal passa pela substituição das relações patrimoniais e tradicionais por estruturas impessoais, racionais e administrativas — a burocracia estatal. Exemplos: serviço público profissional, códigos administrativos, carreira por mérito.
Análise das alternativas incorretas:
A — Errada. Para Marx e Engels, o Estado burguês não é expressão de uma vontade geral harmônica, mas um instrumento que defende os interesses da classe dominante (burguesia) e reproduz relações de exploração — isto é, o Estado como aparato de dominação de classe.
B — Errada. A emergência do Estado moderno não decorre da “dissolução da Monarquia Parlamentar Constitucional” como fator decisivo. O processo é mais longo: centralização administrativa, formação de exércitos permanentes, tributação e burocracia (ver Tilly e Weber). Monarquias parlamentares são uma forma tardia e não a causa única.
C — Errada. No Brasil, o desenvolvimento do Estado moderno não acompanhou estabilidade democrática e partidária contínua; houve rupturas (ex.: 1964–1985), fragilidade partidária em momentos e processos de centralização autoritária. Logo, a afirmação é imprecisa.
D — Errada. A presença de regimes teocráticos contemporâneos tende a reforçar a influência religiosa no Estado, não a laicização. Laicização é o processo oposto: separação entre esfera religiosa e estatal.
Dicas de resolução: ao ler alternativas, busque autores citados (Weber → legal-racional/burocracia; Marx → Estado como aparelho de classe). Atenção a termos absolutos (“decisivo”, “sempre”) que costumam indicar incorreção.
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