Leia as informações:
(A morte de Júlio César. Obra de Vincenzo Camuccini (1804-05). Imagem disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cesar-sa_mort.jpg.
Acesso em: 30 jan. 2015 às 11h30.)
Ei! Júlio César
Vê se não vai ao senado
Já sabem do teu plano
Para controlar o Estado
(Al Capone. Música de Raul Seixas, do álbum Krig-Ha-Bandolo, de 1973.)
-Quando você vai aprender que os homens são sempre homens? – disse
Casca, apunhalando a nuca de César.
Cássio foi o segundo a atacar, depois Marco o golpeou. O punhal resvalou na toga de César, ficando espetado.
César lutou para se manter de pé, mas caímos sobre ele.
-Este é por Pompeu...
-Ditador vitalício...
-Tirano...
-Pelo meu irmão...
Seus olhos encontraram os meus. Por um instante, horror e censura encheram o teatro.
-Até você, Bruto, meu filho?
(MASSIE, Allan. César. RJ: Ediouro, 1993, p. 275.)
Assinale a alternativa na qual aparece o “plano para controlar o Estado”,
citado na canção, que levou o Senado romano a tramar a morte de Júlio
César em 44 a.C.
Leia as informações:
(A morte de Júlio César. Obra de Vincenzo Camuccini (1804-05). Imagem disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cesar-sa_mort.jpg. Acesso em: 30 jan. 2015 às 11h30.)
Ei! Júlio César
Vê se não vai ao senado
Já sabem do teu plano
Para controlar o Estado
(Al Capone. Música de Raul Seixas, do álbum Krig-Ha-Bandolo, de 1973.)
-Quando você vai aprender que os homens são sempre homens? – disse Casca, apunhalando a nuca de César.
Cássio foi o segundo a atacar, depois Marco o golpeou. O punhal resvalou na toga de César, ficando espetado.
César lutou para se manter de pé, mas caímos sobre ele.
-Este é por Pompeu...
-Ditador vitalício...
-Tirano...
-Pelo meu irmão...
Seus olhos encontraram os meus. Por um instante, horror e censura encheram o teatro.
-Até você, Bruto, meu filho?
(MASSIE, Allan. César. RJ: Ediouro, 1993, p. 275.)
Assinale a alternativa na qual aparece o “plano para controlar o Estado”,
citado na canção, que levou o Senado romano a tramar a morte de Júlio
César em 44 a.C.
Gabarito comentado
Sobre o contexto histórico do assassinato de Júlio César em 44 a.C., vamos selecionar a alternativa correta:
A) Incorreta – César, de fato, reduziu a interferência do Senado, mas não pediu para ser Cônsul vitalício, e sim Ditador Perpétuo. O cargo de cônsul não conferia o mesmo poder absoluto. Ao ser proclamado Ditador Vitalício, ele concentrava muito mais poder do que um cônsul, o que foi o ponto crítico de sua morte.
B) Incorreta – César não desejava que outra pessoa fosse coroada Rei de Roma, pois ele estava interessado em concentrar o poder sobre si próprio. Seu objetivo era a centralização do poder na figura do Ditador Perpétuo, o que contraria a ideia de entregar o trono a outra pessoa, como seu filho Ptolomeu Cesarião. Portanto, não faria sentido ele propor que outro indivíduo fosse coroado enquanto consolidava seu próprio poder.
C) Incorreta – O primeiro triunvirato foi formado em 60 a.C., muito antes da morte de Pompeu. Após a morte de Pompeu, César já estava consolidando seu poder pessoal, não planejando mais uma aliança como a do triunvirato. A criação de um novo triunvirato ocorreu apenas após a morte de César, com Otávio, Marco Antônio e Lépido.
D) Incorreta – Embora seja verdade que César foi proclamado Ditador Perpétuo e tenha reduzido o poder dos senadores, isso foi feito com a aprovação oficial do Senado, embora sob pressão. Não foi uma autoproclamação arbitrária e sem respaldo oficial, e a questão central foi a vitaliciedade do cargo, que eliminaria as alternâncias de poder.
E) Correta – César pretendia conseguir a aprovação da vitaliciedade de seu cargo de Ditador, o que efetivamente colocaria o Senado em uma posição de submissão. Esse plano visava enfraquecer ainda mais a República Romana, pois concentraria o poder em suas mãos de forma definitiva. Sua ambição de eliminar a República e centralizar o poder, reduzindo drasticamente a importância do Senado, foi a principal causa da conspiração que levou à sua morte em 44 a.C.
Gabarito – Letra E
Referência:
Belchior, Ygor Klain. "Boatos, opinião pública e assassinatos políticos: o caso de Júlio César." Codex: Revista de Estudos Clássicos 7.1 (2019): 78-91.