“Acredita! Obedece! Luta!” ou “A guerra é para o homem o que a maternidade é para a mulher” foram
slogans nazi-fascistas invocados pelos governos alemão e italiano no contexto do totalitarismo
europeu. Esse fenômeno político representou uma reação nacionalista às frustrações resultantes da
Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Assim, de um lado, fortaleceu-se o Estado intervencionista e,
de outro, atendeu-se às aspirações de estabilidade ante as ameaças revolucionárias da esquerda.
Sobre os elementos que compunham a doutrina nazi-fascista, é correto afirmar:
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: a questão trata dos elementos centrais da doutrina nazi‑fascista — nacionalismo radical, autoritarismo, anticomunismo, culto ao líder e rejeição dos valores liberais/racionais. Esse conhecimento é essencial em provas de História Geral ao identificar características dos regimes totalitários entre as duas Guerras.
Resumo teórico: o fascismo e o nazismo privilegiavam a nação como valor supremo, promoviam um Estado forte e interventor, cultuavam o líder, combat eram o marxismo e a esquerda, e empregavam mitos, violência e racismo como instrumentos políticos. Obras de referência: Robert O. Paxton, “The Anatomy of Fascism”; Ian Kershaw, “Hitler: A Biography”.
Justificativa da alternativa A (correta): dizer que o nacionalismo defendia que tudo se fazia em função da nação está de acordo com a doutrina fascista/nazi: o bem individual é subordinado ao coletivo nacional, e o Estado busca mobilizar a sociedade para objetivos expansionistas e homogêneos. Esse princípio aparece claramente nos slogans e nas políticas de Itália e Alemanha entre guerras.
Análise das incorretas:
B (errada): afirma que o autoritarismo admitia exceções à autoridade do líder “salvo em situações de ameaça à integridade humana”. Incorreto: o autoritarismo fascista sustentava autoridade quase absoluta do líder; direitos individuais eram sistematicamente suprimidos, sem garantias reais de exceção humanitária.
C (errada): descreve mal o anticomunismo. O movimento nazi‑fascista não isentava comunistas; perseguiu e reprimiu fortemente a esquerda. Além disso, no caso do nazismo, houve uma combinação de anticomunismo e antisemitismo — os judeus eram falsamente culpabilizados por derrotas, mas isso não anula a perseguição comunista.
D (errada): liga o fascismo ao racionalismo. Pelo contrário, o movimento exaltava valores românticos — mitos, emoção, heroísmo, sacrifício e violência — como motores políticos, rejeitando a primazia da razão liberal.
E (errada): é falsa porque elementos como nacionalismo, autoritarismo e anticomunismo são, de fato, constitutivos da doutrina nazi‑fascista.
Dica de interpretação: identifique termos-chave nas alternativas (ex.: “tudo pela nação”, “autoridade inquestionável”, “racionalismo”) e compare com características históricas conhecidas; cuidado com frases que suavizam práticas autoritárias (sinais de pegadinha).
Fontes: Paxton, R. O. The Anatomy of Fascism; Kershaw, I. Hitler: A Biography — textos padrão em vestibulares e concursos.
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