O termo “coronelismo” designa o sistema
político que predominou durante a República Velha e
é caracterizado pelo
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A
Tema central: trata-se do coronelismo, sistema político da República Velha (1889–1930) em que líderes locais — os “coronéis” — controlavam votos e clientelas rurais e dominavam a política estadual e nacional por meio de acordos oligárquicos.
Resumo teórico: O coronelismo combina três eixos principais: voto de cabresto (controle clientelista e manipulação do eleitorado por meios pessoais e coercitivos), poder oligárquico (predomínio de elites rurais locais sobre a vida política) e a chamada política dos governadores (acordos entre presidentes e governadores estaduais para manutenção de poder). Esses mecanismos funcionavam num contexto de voto aberto e de fraudes eleitorais, não de participação democrática plena (Boris Fausto; Sérgio Buarque de Holanda).
Por que a alternativa A está correta: - "Voto de cabresto": define-se pelo controle direto dos eleitores pelo coronel, via clientelismo e coerção — característica central do período. - "Poder oligárquico": as decisões políticas eram dominadas por elites agrárias regionais. - "Política dos governadores": prática em que o presidente federal respeitava os interesses dos governadores, garantindo apoio mútuo (troca de favores e nomeações), consolidando o domínio das oligarquias.
Análise das alternativas incorretas: - B (voto de cabresto, política centralista, eleição indireta): embora mencione voto de cabresto corretamente, erra ao afirmar que o sistema era centralista e baseado em eleição indireta. A República Velha era marcada por forte poder estadual e manipulação direta das eleições locais (voto aberto), não por centralização política. - C (voto secreto, poder democrático, política dos governadores): contradiz o próprio conceito — coronelismo não é democrático nem usa voto secreto; ao contrário, usava voto aberto e práticas antidemocráticas. - D (voto censitário, política unitarista, poder oligárquico): apesar de acertar ao mencionar o oligárquico, o voto censitário e a política unitarista não definem o coronelismo. A exclusão eleitoral por requisitos (alfabetização, etc.) existia, mas o traço definidor é o controle clientelista (voto de cabresto) e a descentralização em favor das oligarquias estaduais.
Dica de interpretação: ao ver “coronelismo” lembre-se de palavras-chave: voto de cabresto, oligarquia local e política dos governadores. Elimine alternativas que citem “voto secreto”, “centralismo” ou “democracia”, que são opostas ao conceito.
Fontes recomendadas: Boris Fausto, História do Brasil; Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil (para patrimonialismo e clientelismo).
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