Diferentemente da monocultura açucareira
desenvolvida próximo ao litoral e da exploração
mineral no interior do Brasil, a atividade pecuarista
colonial se caracterizou por manter
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A
Tema central: a organização da pecuária colonial brasileira e suas especificidades frente à economia açucareira e mineradora. É importante reconhecer práticas locais (instituições informais, formas de remuneração, relações de trabalho) que diferenciam atividades econômicas na Colônia.
Resumo teórico: a pecuária colonial desenvolveu-se de modo extensivo, com criação em largas áreas do sertão, circulação de homens e gado (tropeiros, vaqueiros) e práticas adaptadas ao ambiente. Uma instituição típica foi a quarteação: o vaqueiro recebia, como parte da remuneração, uma res que correspondia a uma fração das crias que cuidava (tradicionalmente uma a cada quatro reses nascidas sob sua responsabilidade). Essa prática incentivava o trabalho e facilitava a fixação de mão de obra nas áreas remotas.
Fontes clássicas para aprofundar: obras de referência sobre economia colonial, como Caio Prado Júnior (Formação Econômica do Brasil) e estudos de história regional e econômica (manuais e artigos sobre pecuária colonial).
Por que a alternativa A está certa: descreve precisamente a quarteação, mecanismo documentado na pecuária colonial que vinculava parte da produção ao trabalhador (vaqueiro), diferenciando-se assim do modelo açucareiro e minerador, mais centralizados em latifúndio e tributações diretas.
Análise das alternativas incorretas:
B — incorreta como exclusão: embora muitas atividades coloniais compartilhassem latifúndio e escravismo, a pecuária apresentou características próprias (extensividade, práticas como a quarteação, uso intenso do vaqueiro livre ou forçado em regimes distintos). Logo, afirmar que se caracterizou apenas por “grande dependência” desse modelo é impreciso.
C — errada: a pecuária colonial não se limitou à ilha do Marajó; desenvolveu-se amplamente no sertão nordestino, no interior de Minas, São Paulo e outras regiões, conforme as rotas de expansão territorial.
D — equivocada: o “quinto” era um tributo (20%) ligado à extração mineral e outras rendas sob a coroa, não um pagamento feito pelo dono da fazenda aos vaqueiros. A descrição confunde tributos reais com formas de remuneração local.
Dica de prova / estratégia: procure no enunciado o elemento comparativo (“Diferentemente…”) e busque o traço que seja característico e exclusivo da pecuária colonial. Identificar termos técnicos (quarteação, quinto) ajuda a eliminar alternativas que trocam conceitos.
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