Atente para o trecho a seguir: “[...] o tráfico
negreiro se tornou uma considerável fonte de renda
para a Coroa, por meio de um amplo sistema de
taxação. [...] por volta de 1630, um escravo
africano entrava no Brasil com uma taxação
equivalente a 20% do seu preço no porto de
embarque. Na segunda metade do século XVII, as
taxas de exportação de africanos subiram para 28%,
tornando-os ‘a mercadoria’ mais tributada de todo o
império lusitano”.
FARIA, R.M.; MIRANDA, M.L.; CAMPOS, H.G. Estudos de
História. 1.ed. São Paulo: FTD, 2010, p. 257.
Coleção estudos de história; v.1.
Baseado nas informações do excerto e no que se sabe
sobre o tráfico negreiro, é correto afirmar que
Atente para o trecho a seguir: “[...] o tráfico negreiro se tornou uma considerável fonte de renda para a Coroa, por meio de um amplo sistema de taxação. [...] por volta de 1630, um escravo africano entrava no Brasil com uma taxação equivalente a 20% do seu preço no porto de embarque. Na segunda metade do século XVII, as taxas de exportação de africanos subiram para 28%, tornando-os ‘a mercadoria’ mais tributada de todo o império lusitano”.
FARIA, R.M.; MIRANDA, M.L.; CAMPOS, H.G. Estudos de
História. 1.ed. São Paulo: FTD, 2010, p. 257.
Coleção estudos de história; v.1.
Baseado nas informações do excerto e no que se sabe sobre o tráfico negreiro, é correto afirmar que
Gabarito comentado
Alternativa correta: C
Tema central: a questão trata do tráfico transatlântico de africanos e de sua função não só como força de trabalho nas colônias, mas também como importante fonte de receita para a Coroa portuguesa por meio de tributos. Compreender o contexto mercantilista do Império Português e a economia colonial (plantation e mineração) é essencial.
Resumo teórico: no período colonial o tráfico negreiro integrou uma rede comercial atlântica. Além de suprir mão de obra para plantações e minas, o comércio de escravos gerava receitas fiscais (direitos portuários, alíquotas sobre embarque e impostos específicos). Essa combinação de interesses econômicos e fiscais foi estudada por historiadores como C. R. Boxer e está presente em manuais brasileiros (ex.: FAUSTO, Boris, História do Brasil). A proibição formal do tráfico ocorreu mais tarde (Lei Eusébio de Queirós, 1850), o que mostra a persistência do negócio até meados do século XIX.
Por que a alternativa C é correta? Porque afirma que o comércio de escravos era importante para o tesouro real além da exploração colonial — ou seja, reconhece a dupla função: alimentar a economia colonial e ser fonte direta de tributos para a Coroa. Isso está de acordo com evidências históricas sobre a tributação do tráfico e seu peso nas receitas imperiais.
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta. Afirma que a importância da mão de obra africana estava somente na sua utilização nas lavouras e minas. Erro: usa o termo absoluto "somente"; ignora o papel fiscal e comercial do tráfico.
B — Incorreta. Diz que o tráfico foi usado apenas como força motriz e ficou restrito à relação reino–colônia. Erro: o comércio foi transatlântico e involveu atores e mercados diversos dentro do império e além dele, não sendo restrito a uma simples relação bilateral.
D — Incorreta. Afirma que o impacto econômico foi pequeno por poucos escravos em razão da alta tributação. Erro: os registros mostram volumes elevados de tráfico mesmo com tributação; a atividade teve grande impacto econômico regional e imperial.
Dica de interpretação: desconfie de termos absolutos (somente, apenas, pequeno) e procure palavras do enunciado que indiquem função fiscal/tributária — elas orientam para alternativas que reconheçam dupla função econômica do tráfico.
Fontes sugeridas: FAUSTO, Boris. História do Brasil; BOXER, C.R. The Portuguese Seaborne Empire; Lei Eusébio de Queirós (1850) — para contextualizar a legislação sobre o tráfico.
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