Para Karl Marx, na relação capitalista, “O
trabalho produz maravilhas para os ricos, mas
produz a desnudez para o trabalhador [...] quanto
mais poderoso o trabalho, mais impotente fica o
trabalhador”.
MARX, Karl; ENGELS, Frederic. História (Coleção Grandes
Cientistas Sociais). São Paulo: Ática, 2003, p. 152.
De acordo com a informação no texto, é correto
afirmar que ele diz respeito
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central. Trata-se da teoria da alienação em Karl Marx: como, no modo de produção capitalista, o trabalho não realiza o ser do trabalhador, mas o distancia do produto, do processo e de sua própria humanidade, tornando-o impotente frente ao capital (ver Manuscritos Econômico‑Filosóficos, 1844).
Resumo teórico — Marx descreve quatro aspectos da alienação: (1) do produto do trabalho (o produto não pertence ao trabalhador), (2) do processo de produção (trabalho controlado por outrem), (3) da "espécie" (desumanização, perda de criatividade e autoconsciência) e (4) dos outros seres humanos (relações mediadas pela mercadoria). Em Capital, Marx complementa com o conceito de fetichismo da mercadoria, que faz o produto parecer independente de quem o produz.
Por que a alternativa D é correta: ela descreve exatamente a coisificação do trabalhador: ele se sacrifica, deixa de reconhecer o produto como seu e é reduzido a objeto no processo produtivo — leitura fiel ao trecho citado (“quanto mais poderoso o trabalho, mais impotente fica o trabalhador”).
Análise das alternativas incorretas
A — afirma autorrealização pelo trabalho. Incorreta: Marx argumenta o oposto sob o capitalismo; o trabalho alienado impede a autorrealização.
B — valoriza o trabalho e o produto como expressão criativa do trabalhador. Incorreta: sob o capitalismo, o produto pertence ao capitalista e não reflete a liberdade criativa do trabalhador.
C — diz que o produto “representa” o trabalhador por ter sua marca pessoal. É enganosa: embora o produto seja fruto da atividade humana, Marx sustenta que ele se distancia do trabalhador — e, pelo fetichismo, passa a ser visto como coisa autônoma, não como expressão pessoal do produtor.
Dica de prova: busque palavras-chave do enunciado (ex.: “desnudez”, “impotente”, “produz maravilhas para os ricos”) que sinalizam exploração/alienação. Elimine alternativas que enaltecem positivamente o trabalho ou sugerem propriedade/expressão pessoal do produto — geralmente são as pegadinhas.
Fontes principais: Karl Marx, Manuscritos Econômico‑Filosóficos (1844) e O Capital (1867).
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