O termo política vem do grego polítikós, adjetivo derivado da
palavra polis, que se relaciona a tudo referente à vida na
cidade-estado grega. Segundo o sociólogo Norberto Bobbio,
hoje o termo indica toda atividade relacionada com o que é
urbano, civil, público e até mesmo social.
Sobre o conceito de política, é correto afirmar:
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: trata-se do conceito de política — seu alcance e natureza. A questão exige entender que política não é apenas instituições estatais ou eleitorais, mas uma prática humana relacionada à tomada de decisões públicas e à gestão do poder nas mais variadas esferas.
Resumo teórico (claro e progressivo):
Política refere‑se a práticas e relações de poder que organizam a vida coletiva, envolvendo decisões sobre interesses comuns, legitimidade e autoridade. Norberto Bobbio vê a política ligada ao público e ao civil; Max Weber define poder como capacidade de impor a própria vontade; Hannah Arendt destaca a dimensão ativa e decisória da vida política; e David Easton concebe a política como um sistema de tomada de decisões públicas.
Justificativa da alternativa D: A alternativa afirma que "a política é uma ciência prática e, enquanto práxis humana, está intimamente relacionada à tomada de decisões." Isso sintetiza a visão teórica dominante: política é ação, decisão e prática sobre o comum, não um conjunto de fenômenos puramente teóricos. Autores clássicos (Weber, Arendt, Bobbio, Easton) sustentam que política envolve decisões que afetam a coletividade — logo, D está correta.
Análise das alternativas incorretas (por que falham):
A — Reduz política apenas ao Estado, voto e clientelismo. Errado: política extrapola atos eleitorais e a esfera estatal; inclui movimentos sociais, organizações e práticas cotidianas (Bobbio; Easton).
B — Afirma que terrorismo, aquecimento global, questões de idosos/crianças não configuram participação política. Errado: temas públicos que demandam decisões coletivas e políticas públicas são claramente campos da política (agenda pública, advocacy, mobilização social).
C — Diz que poder político só existe nas relações estatais e que associações como a Igreja não têm função política. Errado: atores não estatais (igrejas, ONGs, empresas) exercem poder e influência política; política não se esgota no Estado.
E — Afirma que o poder só pode ser estudado onde se materializa, nas relações estatais. Errado: o estudo do poder alcança múltiplas arenas (sociedade civil, mercado, organizações) e formas simbólicas e institucionais — não só o Estado.
Dica de prova — estratégias: desconfie de termos absolutos ("só", "apenas", "jamais"). Busque conceitos-chave: "práxis", "tomada de decisões", "público" indicam visão ampla e processual de política.
Fontes sugeridas: Norberto Bobbio; Max Weber — "Politics as a Vocation"; Hannah Arendt — "The Human Condition"; David Easton — teoria do sistema político; CF/1988 (princípios do Estado Democrático).
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