Para Max Weber, no mundo ocidental moderno, o poder político distingue-se de outras formas de poder pelo meio que lhe é específico para impor sua vontade — a coerção física — e apenas o detentor do poder político pode usar, com legitimidade, a violência para resolver os conflitos sociais.

Resposta: C — certo

Tema central: a definição weberiana do Estado como a entidade que detém o monopólio legítimo da violência física no interior de um território. Esse conceito é central em sociologia política porque explica como a ordem social moderna se sustenta e como a autoridade política se diferencia de outras formas de poder.

Resumo teórico progressivo:

1) Para Max Weber, o Estado é uma comunidade humana que, dentro de um determinado território, reclama para si o direito exclusivo de usar, ordenar e autorizar o uso legítimo da força física. (Ver: Weber, "Politics as a Vocation" e "Economy and Society".)

2) A palavra-chave é legitimidade: a violência só é considerada legítima quando reconhecida pelas normas e instituições do Estado — não apenas quando ocorre. É a autorização social e jurídica que distingue a força estatal da violência privada.

3) Weber relaciona esse monopólio à racionalização e à burocracia do Estado moderno: a autoridade se institucionaliza (racional-legal) e se exerce por meio de órgãos especializados (polícia, exército, judiciário).

Justificativa da alternativa correta: A frase apresentada condensa a ideia weberiana: o poder político se distingue por recorrer, legitimamente, à coerção física para impor decisões e resolver conflitos. Assim, afirmar que apenas o detentor do poder político pode usar, com legitimidade, a violência é compatível com o núcleo da teoria de Weber.

Observação contextual (nuance importante): Weber trata de um ideal-tipo — na prática há desafios (violência ilegal, violência privada ou delegada, conflitos de legitimidade), mas isso não invalida o conceito: o que importa é a reivindicação e o reconhecimento social-jurídico do monopólio estatal sobre a violência.

Fontes recomendadas: Max Weber, "Politics as a Vocation" (1919) e "Economy and Society" (1922). Para introdução acessível, consulte manuais de sociologia política e obras de interpretação weberiana em língua portuguesa.

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