Questão 665ca025-ac
Prova:PUC-MINAS 2014
Disciplina:História
Assunto:História Geral

A península da Crimeia constituía um principado ou Kanato (governado por um Khan) muçulmano independente, até ser conquistada pela Rússia no século XVIII. Após a Revolução Bolchevique, tornou-se parte da República Russa e com ela permaneceu até 1954, quando Kruchev a transferiu para a Ucrânia, como presente. Quando a Ucrânia tornou-se independente em 1991, os nacionalistas russos insistiram fortemente para que a península fosse devolvida à Rússia. Antes de ser abolido em 1993, o Parlamento russo voltou a reivindicar formalmente a Crimeia.

Mesmo com o presidente Boris Yeltsin repudiando essa demanda, a convicção de que a Crimeia pertence à Rússia continuou tendo um fortíssimo apoio popular entre os russos. Simultaneamente, os ucranianos também se entregaram à causa nacionalista com fervor, fazendo acreditar a todos os seus compatriotas que abrir mão da Crimeia seria apenas um primeiro passo para posterior dissolução da própria Ucrânia.

(Adaptado de PAMPLONA, Marcos. A questão nacional no mundo contemporâneo. In. REIS FILHO, Daniel Aarão et. al. O século XX: O tempo das dúvidas. 4 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 197-198.)

A crise da Ucrânia, acompanhada atentamente pelo mundo, tem gerado muita especulação quanto à possibilidade de uma guerra à vista. Em história não se prevê o futuro, mas, analisando-se a história da Crimeia, fonte da disputa entre russos e ucranianos, pode-se definir que a crise da Ucrânia:

A
explicita a crise nacionalista de base étnica por que passaram os países da antiga União Soviética e que está relacionada a motivações territoriais, das condições de vida do grupo e de independência política ou autonomia.
B
demonstra que o socialismo não acabou, pois a Rússia continua fortemente armada, configurando uma potência e estipulando formas de ser e agir no antigo território da União Soviética.
C
indica o jogo de poder entre Ucrânia e Rússia que, para garantir sua liderança na região da antiga URSS, reivindica um mesmo território e continua a se erguer econômica e politicamente às expensas de um outro povo.
D
pode ser vista como um reflexo da Guerra Fria em que Estados Unidos e URSS mantêm seus interesses sob um sistema político e econômico afirmado por meio da configuração de alianças com nações e da ameaça de guerra.

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