O tráfico de seres humanos foi uma das mais
rentáveis atividades do mundo pré-industrial.
Na África, a escravidão e o comércio de
escravos existiam desde tempos imemoriais.
Até o século XV, os escravos eram exportados
por rotas estabelecidas no deserto do Saara, no
Mar Vermelho e no oceano Índico. Durante a
Idade Média, os árabes controlaram a maior
parte desse comércio. A partir do século XVI,
abriu-se a rota atlântica do tráfico negreiro, para
abastecer de mão de obra escrava as
plantations estabelecidas pelos europeus em
suas colônias americanas.
Sobre a história da escravidão africana, assinale o
que for correto.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — Certo
Tema central: história da escravidão africana, em especial as rotas de comércio de escravos (trans-saariana, mar Vermelho, índico) antes do século XV, o papel de comerciantes muçulmanos durante a Idade Média e a abertura da rota atlântica a partir do século XVI para abastecer as plantations americanas. Esse conhecimento é frequente em provas por ligar economia, expansão europeia e transformações demográficas.
Resumo teórico e justificativa: A afirmação é historicamente correta. Desde a Antiguidade e sobretudo na Idade Média existiam extensos circuitos que ligavam a África ao mundo mediterrâneo, ao Oriente Médio e ao oceano Índico. O tráfego trans-saariano e as rotas pelo Mar Vermelho e pelo Índico enviavam escravizados para Norte de África, Península Arábica, Ilhas do Índico e Ásia. No período medieval muitos desses fluxos estiveram dominados por comerciantes muçulmanos e sinais políticos/territoriais islâmicos, daí a menção ao controle árabe ser adequada.
A partir do século XV–XVI, com a expansão marítima europeia (portugueses, espanhóis, depois ingleses, franceses e holandeses), consolidou‑se a rota atlântica de tráfico em escala massiva para as colônias americanas. Essa demanda se intensificou pelo crescimento das plantations (açúcar, tabaco, algodão), tornando o tráfico uma das atividades mais lucrativas do mundo pré‑industrial.
Fontes e referências básicas: Philip D. Curtin, The Atlantic Slave Trade; David Eltis, The Rise of African Slavery in the Americas; Robin Blackburn, The Making of New World Slavery; UNESCO — The Slave Route Project. Essas obras confirmam a existência das rotas e a transição para a rota atlântica.
Dica de interpretação para provas: foque em cronologia (até XV vs. a partir do XVI) e em termos-chaves como rotas, árabes/Idade Média, plantations. Se a alternativa combina corretamente essas ideias e a sequência temporal, é forte candidata a "Certo". Pergunte-se: há erro cronológico ou geográfico? Se não, provavelmente está correta.
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