Questão 62a1de73-ff
Prova:URCA 2017
Disciplina:História
Assunto:História Geral, Revolução Industrial
“A despeito do intenso processo de
industrialização, da maciça penetração de capitais estrangeiros, da crescente presença
de corporações multinacionais, do explosivo crescimento urbano, da melhoria dos
índices de alfabetização e das várias tentativas de “modernizar” o país, feitas
de um por sucessivos governos civis e militares, as palavras amargas de um notável
crítico literário e analista social, Silvio Romero, pronunciadas há mais de um
século, lamentando a dependência econômica em relação aos capitais estrangeiros
e a incapacidade da República de incorporar os benefícios do progresso à grande
maioria da população e de criar uma sociedade realmente democrática, soam ainda
hoje verdadeiras.” (COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República. São
Paulo: Unesp, 2010, p. 9)
A nota à edição do Livro que Emília Viotti da Costa
faz nos leva a perceber que existem estruturas sistêmicas no Brasil que nos
remetem a uma história de longa duração. Assim, podemos corretamente afirmar
sobre o Brasil pós-independência que:
“A despeito do intenso processo de
industrialização, da maciça penetração de capitais estrangeiros, da crescente presença
de corporações multinacionais, do explosivo crescimento urbano, da melhoria dos
índices de alfabetização e das várias tentativas de “modernizar” o país, feitas
de um por sucessivos governos civis e militares, as palavras amargas de um notável
crítico literário e analista social, Silvio Romero, pronunciadas há mais de um
século, lamentando a dependência econômica em relação aos capitais estrangeiros
e a incapacidade da República de incorporar os benefícios do progresso à grande
maioria da população e de criar uma sociedade realmente democrática, soam ainda
hoje verdadeiras.” (COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República. São
Paulo: Unesp, 2010, p. 9)
A nota à edição do Livro que Emília Viotti da Costa
faz nos leva a perceber que existem estruturas sistêmicas no Brasil que nos
remetem a uma história de longa duração. Assim, podemos corretamente afirmar
sobre o Brasil pós-independência que:
A
As elites brasileiras que tomaram o poder em
1822 compunham-se de fazendeiros, comerciantes e membros de sua clientela,
ligados à economia de exportação e interessados no rompimento das estruturas
tradicionais de produção cujas bases eram o sistema de trabalho escravo e a
grande propriedade;
B
A presença do herdeiro da Casa de Bragança e de
pouca capacidade de mobilização política no Brasil permitiu a oportunidade de
organizar um sistema político fortemente descentralizado que permitia aos
municípios e províncias intensa autonomia frente ao poder central;
C
Dentro da tradição colonial, no pós-independência,
o Estado foi subordinado à Igreja e o catolicismo mantido como religião
oficial, ainda que fosse permitido o culto privado de outras religiões;
D
Após a independência foi adotado o voto
censitário que excluía a maior parte da população;
E
No pós-independência, o trabalho escravo foi mantido, mas foram superadas as relações de poder baseadas na troca de favores e a patronagem foi substituída pela mobilidade social com base no mérito.