Aristóteles em sua obra Política, elaborou uma profunda reflexão sobre a política antiga, mostrou os mecanismos que regularam a vida social, analisou as várias formas de agregação política, ofereceu interessantes informações sobre o papel social da mulher, dos escravos e dos estrangeiros, que, segundo ele, eram inferiores, porque em decorrência da sua condição e natureza, não participavam da vida na polis.
A justificativa aristotélica de exclusão social das mulheres, escravos e estrangeiros na sociedade grega foi baseada no(a)
A justificativa aristotélica de exclusão social das mulheres, escravos e estrangeiros na sociedade grega foi baseada no(a)
Gabarito comentado
Resposta correta: A — paradigma naturalista
Tema central: a questão trata da justificativa aristotélica para a exclusão de certos grupos (mulheres, escravos, estrangeiros) da vida política na polis. O enunciado revela um argumento baseado na natureza desses grupos — pista chave para identificar o paradigma usado.
Resumo teórico: Aristóteles, em Política (Livro I), defende a ideia da “escravidão natural”: alguns seres seriam naturalmente destinados a obedecer, outros a mandar. Para ele, a organização social e política reflete diferenças naturais entre os homens. Assim, a exclusão não é apresentada apenas como convenção social ou castigo moral, mas como consequência da condição natural dos indivíduos — é isso que se chama paradigma naturalista.
Justificativa da alternativa A: o enunciado usa explicitamente a expressão “em decorrência da sua condição e natureza”, indicando que a explicação é naturalista. Portanto, A é correta porque sintetiza a posição aristotélica de que diferenças naturais legitimam desigualdades políticas.
Análise das alternativas incorretas:
B — questão política: é vaga. Embora o tema seja político, a alternativa não captura a base explicativa (a natureza) que Aristóteles usa.
C — paradigma moral: implicaria que a exclusão se deve a juízos éticos sobre comportamento ou virtude — não é o ponto central no texto citado, que fundamenta a desigualdade na natureza, não em defeito moral.
D — escravidão humana: descreve o fenômeno (a escravidão), não o tipo de explicação/justificação. A alternativa confunde instituição com paradigma explicativo.
Dica de resolução em provas: procure palavras-chave do enunciado (aqui: “condição e natureza”). Elas costumam indicar qual tipo de argumento o autor usa. Evite alternativas que descrevem efeitos em vez de explicações.
Fonte principal: Aristóteles, Política, Livro I (conceito de “escravidão natural”).
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