Questão 600f88ad-fd
Prova:UFT 2019
Disciplina:História
Assunto:História do Brasil, República de 1954 a 1964

A Ação Integralista Brasileira, fundada em 1932, agrupava movimentos e partidos de orientação fascista, nos moldes europeus. Entre eles figuravam a Legião Cearense do Trabalho, a Ação Social Brasileira, o Partido Nacional Sindicalista e a Ação Imperial Patrianovista.

É CORRETO afirmar que são características do integralismo:

A
A liberdade como direito natural e inalienável de todo ser humano; combate às diferenças entre as ordens sociais; negação do controle político e econômico por um único partido; negação da propriedade privada e do intervencionismo estatal.
B
A crença de que o capitalismo gera a miséria entre os operários; defesa da sociedade dividida em classes; defesa do Estado sob o controle dos trabalhadores; defesa da propriedade privada sem a interferência do Estado.
C
Defesa do fim do capitalismo, das classes sociais e da propriedade privada; negação de qualquer forma de poder, inclusive do Estado; crítica à capacidade dos operários em gerir suas próprias vidas.
D
Rejeição da ideia de representação política e defesa da submissão da massa ao chefe supremo; ênfase no primado da mobilização da massa, inclusive com uso da violência; defesa dos interesses nacionais em detrimento dos internacionais relacionados ao comunismo.

Gabarito comentado

V
Vanessa CamposMonitor do Qconcursos

Resposta correta: Alternativa D

Tema central: a questão avalia o conhecimento sobre o integralismo brasileiro (Ação Integralista Brasileira) e suas características ideológicas, comparando-o com outras correntes (liberalismo, socialismo, anarquismo). É importante reconhecer marcas do fascismo: culto ao líder, rejeição da democracia liberal, mobilização de massas, violência política e nacionalismo anticomunista.

Resumo teórico: o integralismo, liderado por Plínio Salgado na década de 1930, inspirou-se no fascismo europeu. Características-chave: autoritarismo, antiparlamentarismo, culto ao líder, organizações de massa (camisas verdes), discurso nacionalista e anticomunista, disposição ao uso da violência política e ao corporativismo estatal (controle das organizações sociais pelo Estado). Fontes úteis: obras de Plínio Salgado; análises de Stanley G. Payne ("A History of Fascism") e estudos sobre o período Vargas (Thomas Skidmore).

Justificativa da alternativa D: a alternativa descreve precisamente traços integrais/fascistas — rejeição da representação política (desconfiança do regime parlamentar), submissão da massa ao chefe (culto à liderança), ênfase na mobilização de massas e uso da violência, e nacionalismo anticomunista. Esses pontos correspondem ao comportamento e ao discurso da AIB nos anos 1930.

Análise das alternativas incorretas:

A — mistura princípios liberais (liberdade como direito natural) e posições antirrepublicanas/antipropriedade que não correspondem ao integralismo; integralismo não defendia a negação da propriedade privada nem o fim do intervencionismo estatal.

B — descreve o marxismo/socialismo (capitalismo causa miséria, controle do Estado pelos trabalhadores, defesa das classes); integralismo rejeitava a luta de classes e o controle pelos trabalhadores.

C — combina ideias anarquistas/ultra-esquerdistas (negação do Estado e da propriedade privada); integralismo é autoritário e favorável ao papel do Estado/regulação, não à abolição do poder estatal.

Dica de prova: busque palavras-chave: "chefe supremo", "mobilização de massa", "anti-internacionalismo/antikomunismo" apontam para o fascismo/integralismo; palavras como "fim do Estado", "controle pelos trabalhadores" indicam correntes de esquerda — elimine rapidamente opções que contenham essas expressões.

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