Durante o governo de José Sarney, em relação à primeira
eleição direta depois da ditadura civil militar, pode-se
afirmar:
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: a eleição presidencial de 1989 — a primeira direta após a redemocratização — e o posicionamento político dos candidatos. É importante saber quem foram os atores, seus partidos e as linhas político‑ideológicas em disputa (mercado/neoliberalismo versus propostas reformistas de esquerda).
Resumo teórico e contexto: A Constituição de 1988 restabeleceu eleições diretas para a Presidência; em 1989 o segundo turno reuniu Fernando Collor (PRN) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Collor destacou-se por discurso antipartidário e propostas de liberalização econômica e combate à “velha política”; Lula representou a esquerda e programas voltados a redistribuição e reforma social. Esse embate refletiu, em parte, a recomposição ideológica no fim da Guerra Fria, quando debates sobre mercado e Estado ganharam nova centralidade (ver TSE — resultados de 1989; Fausto, História do Brasil).
Por que E está correta: Ela descreve corretamente o segundo turno Collor x Lula e interpreta adequadamente o contraste ideológico: Collor como porta‑voz de políticas pró‑mercado (neoliberalismo) e Lula como líder das propostas reformistas/redistributivas da esquerda. Essa leitura é a que melhor sintetiza a dinâmica eleitoral de 1989.
Análise das alternativas incorretas
A — Incorreta. A afirmação de que Mário Covas (PSDB) apoiou Collor no segundo turno é enganosa: Covas foi candidato em 1989 pelo PSDB, mas não foi figura central de uma adesão decisiva a Collor. A dinâmica de apoios foi mais fragmentada e Collor beneficiou‑se de alianças diversas, não do apoio nacional destacado de Covas.
B — Incorreta. Leonel Brizola era líder do PDT, não do PCB. Além disso, a bandeira de auditoria da dívida pública ficou mais associada a setores de esquerda e ao movimento por auditoria da dívida, não como proposta definida de Brizola naquele pleito.
C — Incorreta. José Sarney, presidente interino no período de transição, não foi o “principal apoiador” que levou Collor ao segundo turno. Collor se beneficiou de campanha nacional, imagem de renovação e aparatos regionais; sua ascensão foi mais fruto de estratégia eleitoral e mídia do que de patrocínio direto de Sarney.
D — Incorreta. Collor foi candidato pelo PRN (Partido da Reconstrução Nacional), não pelo PDS. O PDS era o partido derivado da ARENA, ligado a setores da direita tradicional, mas não foi a sigla de Collor.
Dica de interpretação para concursos: fixe candidatos‑e‑siglas (Collor — PRN; Lula — PT; Brizola — PDT) e centralize as ideias políticas (mercado x reformas sociais). Em alternativas que misturam nomes e partidos, cheque sempre a vinculação partidária histórica — é uma armadilha comum.
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