Frederick Taylor foi o engenheiro que pensou em
medidas para a organização dos trabalhadores,
possibilitando-lhes liberdade em seu cotidiano,
dentro das fábricas.
“O operário pode ser simplesmente aquele que produz
qualquer obra, um indivíduo que trabalha sob as ordens
de outros e, mediante um salário, exerce um trabalho, que
pode ser manual ou mecânico. Se esse conceito for ainda
mais esmiuçado, pode-se encontrar ‘um indivíduo
empreendedor, que se dedica à realização de idéias,
projetos, promove campanhas, participa de missões e
contribui para o bem-estar social’. Há cerca de vinte
anos, esta poderia ser uma concepção visionária, presente
nos dicionários, do trabalhador das indústrias, mas, hoje,
um novo profissional se destaca, mostrando a nova face
do operariado.” (ABREU, Cathia. Novos Operários.
Revista de Sociologia, Ano I, número 08, p. 58).
Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre
as transformações recentes no mundo do trabalho,
assinale o que for correto.
Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre as transformações recentes no mundo do trabalho, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: E - Errado
Tema central: Organização do trabalho — especialmente o taylorismo — e suas implicações sobre autonomia, controle e produtividade. Para responder, é preciso distinguir políticas de gestão que aumentam controle dos trabalhadores daquelas que, de fato, ampliam sua liberdade.
Resumo teórico (sintético): Frederick W. Taylor é o autor de The Principles of Scientific Management (1911). O taylorismo promoveu: padronização de tarefas, estudo de tempos e movimentos, *divisão entre planejar e executar* e supervisão rígida para aumentar eficiência. O objetivo foi controlar e otimizar o trabalho, não ampliar a autonomia do operário. (Ver também: Braverman, Labor and Monopoly Capital, 1974, sobre desqualificação).
Por que a alternativa é E (Errado): A afirmação diz que Taylor "pensou em medidas ... possibilitando-lhes liberdade em seu cotidiano, dentro das fábricas." Isso é contrário à realidade histórica do taylorismo. As medidas tayloristas centralizaram decisões na gestão, reduziram o espaço de iniciativa do trabalhador e transformaram saberes práticos em procedimentos prescritos — ou seja, diminuíram a liberdade, não a ampliaram.
Pontos-chave para lembrar / estratégia de leitura: ao avaliar afirmações históricas sobre métodos de gestão, procure por termos absolutos como "possibilitando liberdade" ou "ampliou autonomia". Se o autor citado é Taylor, associe rapidamente a controle, padronização e deskilling — sinal de provável erro na afirmação.
Fontes recomendadas: F. W. Taylor, The Principles of Scientific Management (1911); H. Braverman, Labor and Monopoly Capital (1974); documentos e análises da OIT sobre mudanças no trabalho (relatórios temáticos).
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