Para ter sucesso no mundo da política, é necessário
acumular experiência em cargos diversificados e
estabelecer relações com as políticas locais.
Leia abaixo um resumo das conclusões apresentadas pela
pesquisadora Mayla Di Martino em relação ao perfil do
político brasileiro.
“‘Para ocupar uma cadeira no Legislativo Nacional é
preciso ter entrado no jogo da política e ter tido algum
sucesso nele. É preciso se tornar um profissional, ter
vencido eleições ou ter assumido cargos políticos
indicados’, afirma a pesquisadora. Nos últimos 15 anos,
segundo ela, os chamados novatos que entraram na
Câmara dos Deputados venceram, em média,
anteriormente pelo menos duas eleições para outros
cargos políticos e 80% deles tiveram algum tipo de
experiência política prévia.” (AGUIAR, Joselia.
Deputado Profissional. Revista Pesquisa Fapesp, edição
169, março de 2010. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4077&bd=1&pg+1 &lg=>. Acesso em: 21/06/2010).
Tendo como referência os resultados acima apresentados
e seus conhecimentos sobre as relações de poder no
Brasil, assinale o que for correto.
“‘Para ocupar uma cadeira no Legislativo Nacional é preciso ter entrado no jogo da política e ter tido algum sucesso nele. É preciso se tornar um profissional, ter vencido eleições ou ter assumido cargos políticos indicados’, afirma a pesquisadora. Nos últimos 15 anos, segundo ela, os chamados novatos que entraram na Câmara dos Deputados venceram, em média, anteriormente pelo menos duas eleições para outros cargos políticos e 80% deles tiveram algum tipo de experiência política prévia.” (AGUIAR, Joselia. Deputado Profissional. Revista Pesquisa Fapesp, edição 169, março de 2010.
Tendo como referência os resultados acima apresentados e seus conhecimentos sobre as relações de poder no Brasil, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: C — Certo
Tema central: profissionalização do político e as trajetórias de poder no Brasil: a ideia de que, para chegar ao Legislativo nacional, candidatos geralmente acumulam cargos, vitórias eleitorais e redes locais que funcionam como capital político.
Resumo teórico e fontes: A afirmação dialoga com a literatura sobre recrutamento político e profissionalização (ver, por exemplo, Max Weber, “Politics as a Vocation”, sobre a carreira política profissional) e com estudos empíricos nacionais que mostram padrão de carreira ascendente — cargos locais e experiências prévias como trampolim para cargos maiores. A própria pesquisa citada (Mayla Di Martino, reportada em Revista Pesquisa Fapesp) fornece dados: novatos na Câmara costumam ter vencido, em média, duas eleições anteriores e 80% tinham experiência política prévia.
Por que a alternativa C é correta: A frase afirma que é necessário acumular experiência em cargos diversificados e estabelecer relações com políticas locais para ter sucesso. Os resultados empíricos mencionados sustentam essa ideia: a trajetória política brasileira privilegia quem já integrou o “jogo” local e regional, formando redes, capital eleitoral e conhecimento institucional. Ou seja, a afirmação generaliza um padrão real e documentado — daí ser correta.
Estratégia para resolver questões semelhantes: 1) Identifique termos absolutos (ex.: “é necessário”) e veja se há evidência empírica ou teórica que os suporte; 2) Busque no enunciado dados concretos (percentuais, médias) que confirmem o enunciado; 3) Relacione com conceitos-chave (profissionalização, capital político, redes locais) para justificar a resposta; 4) Desconfie se a alternativa contradizer dados explícitos do texto.
Fonte principal citada: resumo da pesquisa de Mayla Di Martino (Revista Pesquisa Fapesp, ed. 169) e conceitos clássicos sobre profissionalização política (Weber).
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