Homossexuais, negros, mulheres e ambientalistas são alguns dos grupos sociais que se fortaleceram com o processo de abertura política pelo qual passou a sociedade brasileira, nesse período.

Resposta: C — Certo

Tema central: trata-se da relação entre o processo de abertura política (final dos anos 1970) e o fortalecimento de vários movimentos sociais, bem como do alargamento das reivindicações de cidadania no Brasil.

Contexto e base teórica: a chamada "abertura" da ditadura (governos Geisel e Figueiredo) criou espaços — legais e de mobilização — que permitiram a reorganização da sociedade civil. Marco jurídico importante: Lei da Anistia (Lei nº 6.683/1979), que facilitou o retorno de exilados e a reemergência de atores políticos. Na teoria dos novos movimentos sociais (p.ex. Manuel Castells; Alain Touraine) a década de 1970 marca a emergência de movimentos centrados em identidade, direitos e qualidade de vida — não só em reivindicações econômicas tradicionais.

Por que a alternativa C está correta:

Homossexuais: grupos LGBT começam a se organizar publicamente no final dos anos 70 (surgimento de coletivos e publicações), ampliando reivindicações por reconhecimento e direitos civis.

Negros: o Movimento Negro Unificado (MNU) surge em 1978, simbolizando a retomada e reestruturação da luta antirracista e por cidadania plena.

Mulheres: o movimento feminista reaparece com força, articulando demandas por direitos civis, igualdade e políticas públicas específicas.

Ambientalistas: a oposição a grandes obras (barragens, desmatamento, mineração) e a defesa de áreas naturais começam a ganhar mobilizações mais visíveis, antecipando a consolidação do ambientalismo organizado.

Fontes e leituras recomendadas: Lei nº 6.683/1979 (Anistia); Manuel Castells, The Power of Identity (sobre novos movimentos sociais); estudos sobre movimentos sociais e cidadania no Brasil (p.ex. trabalhos de Evelina Dagnino e Maria Hermínia T. de Almeida).

Dica de prova: ao ler afirmações sobre conjunturas históricas, busque identificar: (1) marco temporal (final dos anos 70); (2) eventos jurídicos/políticos que abrem espaço (anistia, distensão); (3) exemplos concretos de organização social (MNU, coletivos LGBT, rearticulação do feminismo). Isso ajuda a distinguir alternativas que generalizam sem base temporal concreta.

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