A política oligárquica do Rio Grande do Norte foi reoordenada nos anos 1920, durante os governos de José Augusto Bezerra de Medeiros e de Juvenal Lamartine.
A projeção desses políticos, que derrotaram a oligarquia litorânea dos Albuquerque Maranhão, foi facilitada pela
A projeção desses políticos, que derrotaram a oligarquia litorânea dos Albuquerque Maranhão, foi facilitada pela
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C — produção e comercialização do algodão.
Tema central: a questão trata da relação entre mudanças econômicas e reordenações do poder oligárquico no Rio Grande do Norte nas décadas de 1920. É preciso conectar a base econômica (produto-exportado) ao fortalecimento de novas lideranças políticas do interior.
Resumo teórico: no Nordeste setentrional, o avanço da cotonicultura no início do século XX (reforçado pela demanda externa durante e após a Primeira Guerra) levou ao crescimento de um grupo de fazendeiros de algodão do interior. Esses agentes econômicos tinham recursos, clientelismo e influência local, permitindo derrotar as antigas oligarquias litorâneas. Obras de síntese sobre economia e política brasileira explicam essa dinâmica (ex.: Boris Fausto, História do Brasil).
Por que C é correta: o algodão passou a ocupar posição central nas exportações do estado, sustentando a ascensão política de líderes do sertão (como José Augusto e Juvenal Lamartine). A expansão da cotonicultura criou nova base de poder econômico e redes clientelistas que viabilizaram a derrota dos Albuquerque Maranhão.
Análise das alternativas incorretas:
A: instalação de indústrias têxteis no interior — incorreto. O RN não conheceu uma industrialização têxtil interna em escala capaz de reordenar oligarquias na década de 1920; a economia seguia predominantemente agrária e exportadora.
B: expansão da pecuária bovina — equivocada. A pecuária teve importância regional, mas não foi o fator decisivo para a consolidação do novo bloco político nos anos 1920; o protagonismo econômico veio do algodão.
D: exploração de scheelita/tungstênio — inadequada. Embora o tungstênio tenha sido valorizado durante a Primeira Guerra, sua exploração no RN não teve impacto comparável ao da cotonicultura sobre a estrutura oligárquica estadual.
Dica de prova: ao analisar alternativas em História do Brasil, relacione sempre mudança econômica concreta (produto, exportação, preço internacional) com a capacidade de gerar elites locais; desconfie de itens que trazem recursos pouco presentes regionalmente.
Fonte sugerida: FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP; além de estudos regionais sobre economia nordestina e cotonicultura.
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