Leia as informações:
(Struggle for Control (Luta pelo Controle). Legenda no aparelho de TV: “O Mundo”.
Charge de Popa Matumula. Disponível em: http://www.cartoonmovement.com/collection/74.
Acesso em: 29 ago. 2015, às 10h00.)
Modificar de repente a política econômica de um país como o Brasil
é como mudar o rumo de um elefante no meio de uma feira lotada.
Seria um milagre não ferir ninguém nem causar prejuízos, mesmo para
um cornaca experiente. Para guardar as proporções ao fazer a mesma metáfora para a China, uma economia várias vezes maior e mais
dinâmica, seria o caso de imaginar uma tentativa de fazer Godzilla dar
uma guinada em meio a uma carreira disparada. Foi exatamente a isso
que se propôs o governo chinês em 2008, ante a crise que pôs fim ao
sistema “Chimérica”, no qual cabia aos chineses produzir, exportar, poupar e financiar e aos estadunidenses consumir, importar, gastar e tomar
emprestado. Depois de impulsionar por muitos anos o crescimento do
comércio internacional e das exportações chinesas, o déficit de conta
corrente e o endividamento crescente dos EUA haviam chegado ao limi-
te. O novo caminho era trocar o modelo de desenvolvimento baseado nas
exportações, vigente desde o fim do maoísmo, por outro alicerçado no
consumo e no mercado interno.
(COSTA, Antonio Luiz M. C. O tropeço de Godzilla.
In____Revista Carta Capital, ano 21, nº 864, 26 de agosto de 2015, p. 40.)
De acordo com as informações, e analisando o atual quadro de disputas pelo controle econômico mundial:
Leia as informações:
(Struggle for Control (Luta pelo Controle). Legenda no aparelho de TV: “O Mundo”. Charge de Popa Matumula. Disponível em: http://www.cartoonmovement.com/collection/74. Acesso em: 29 ago. 2015, às 10h00.)
Modificar de repente a política econômica de um país como o Brasil é como mudar o rumo de um elefante no meio de uma feira lotada. Seria um milagre não ferir ninguém nem causar prejuízos, mesmo para um cornaca experiente. Para guardar as proporções ao fazer a mesma metáfora para a China, uma economia várias vezes maior e mais dinâmica, seria o caso de imaginar uma tentativa de fazer Godzilla dar uma guinada em meio a uma carreira disparada. Foi exatamente a isso que se propôs o governo chinês em 2008, ante a crise que pôs fim ao sistema “Chimérica”, no qual cabia aos chineses produzir, exportar, poupar e financiar e aos estadunidenses consumir, importar, gastar e tomar emprestado. Depois de impulsionar por muitos anos o crescimento do comércio internacional e das exportações chinesas, o déficit de conta corrente e o endividamento crescente dos EUA haviam chegado ao limi- te. O novo caminho era trocar o modelo de desenvolvimento baseado nas exportações, vigente desde o fim do maoísmo, por outro alicerçado no consumo e no mercado interno.
(COSTA, Antonio Luiz M. C. O tropeço de Godzilla. In____Revista Carta Capital, ano 21, nº 864, 26 de agosto de 2015, p. 40.)
De acordo com as informações, e analisando o atual quadro de disputas pelo controle econômico mundial:
Gabarito comentado
Nos anos que se seguiram à crise, a China adotou um novo caminho, focando em fortalecer seu mercado interno e reduzir sua dependência das exportações. Essa mudança foi necessária devido ao esgotamento do modelo "Chimérica", onde a China produzia e exportava enquanto os EUA consumiam e importavam. No entanto, essa transição não foi fácil e trouxe consigo uma série de desafios e disputas pelo controle econômico mundial, evidenciando uma crescente rivalidade entre as duas nações. Dados do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que, apesar da tentativa de reorientar sua economia, a China continua a desempenhar um papel crucial no comércio global, enquanto os EUA enfrentam desafios internos de endividamento e déficits.
A) Errada. Embora China e EUA mantenham uma relação de interdependência, essa alternativa simplifica a complexidade da relação pós-2008. Atualmente, a relação é marcada por tensões e uma disputa acirrada pelo controle econômico global, conforme evidenciado pelas guerras comerciais e disputas tecnológicas entre os dois países.
B) Errada. O desenvolvimento do mercado interno chinês é impulsionado principalmente por políticas governamentais e investimentos internos, não por investimentos estadunidenses. O governo chinês tem implementado diversas medidas para estimular o consumo interno e reduzir a dependência das exportações.
C) Errada. O endividamento dos EUA não é diretamente causado pelos investimentos chineses, mas sim por fatores internos, como políticas fiscais e gastos públicos. A crise de 2008 foi desencadeada por uma série de fatores, incluindo a bolha imobiliária e práticas de empréstimo arriscadas nos EUA.
D) Certa. A dependência mútua entre EUA e China tem se transformado, nos últimos anos, em uma disputa pelo controle mundial. Essa mudança é visível nas políticas protecionistas, na guerra comercial e na competição por liderança tecnológica e militar entre as duas potências.
E) Errada. Desde a crise de 2008, a China tem fortalecido sua posição no cenário econômico global. Embora enfrente desafios, o país não tem "perdido espaço" para os EUA, mas sim competido de maneira mais acirrada, como evidenciado pelo aumento de sua influência em organizações internacionais e pelo avanço em setores tecnológicos.
A questão aborda a complexidade da relação sino-americana pós-2008, destacando a transição de uma interdependência econômica para uma disputa pelo controle global.
Resposta: D
Gabarito do Professor: D