Questão 4eee07bc-d8
Prova:EINSTEIN 2017
Disciplina:História
Assunto:República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Em 1919, o presidente eleito Rodrigues Alves foi uma das vítimas da epidemia que matou por volta de 35 mil pessoas no Brasil e cerca de 50 milhões, entre 1918 e 1920, em todo o mundo.


Assinale a alternativa que apresenta corretamente a doença mortal e seus impactos na cidade do Rio de Janeiro:

A
A peste bubônica, que se alastrou entre os combatentes da 1ª Guerra mundial, atingiu os grupos de brasileiros ligados ao exército e à política na capital do país, o que implicou o isolamento de partes da cidade para impedir a disseminação.
B
O sarampo, uma doença comum entre as crianças, tornou-se mortal entre os adultos, mesmo com o fechamento das escolas da capital e o rápido atendimento das crianças, o que a médio prazo erradicou a doença infectocontagiosa da cidade.
C
 A tuberculose, conhecida como o “mal do século”, alastrou-se no Rio de Janeiro em função das más condições de alimentação e pobreza da população, e foi enfrentada pelos governantes com a quarentena dos infectados em cidades como Petrópolis. 
D
A gripe espanhola, doença que assolou os países europeus durante a 1ª Guerra, atingiu também a população brasileira, levando o governo da capital a contratar um grupo de higienistas para combater a disseminação da doença.

Gabarito comentado

A
Anderson MaiaMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: D

Tema central: trata-se da pandemia de influenza de 1918–1920 — conhecida historicamente como gripe espanhola — e dos seus efeitos sanitários e administrativos na cidade do Rio de Janeiro. Reconhecer datas (1918–1920) e ordens de grandeza de mortes (milhões) é pista chave em questões históricas de saúde pública.

Resumo teórico e contexto: A pandemia de influenza A (H1N1) de 1918–1920 provocou mortalidade global extremamente alta (~50 milhões). No Brasil teve impacto expressivo, inclusive no Rio de Janeiro, então capital federal. As autoridades adotaram medidas de saúde pública: fechamento de espaços públicos, quarentenas, isolamento de doentes e contratação de especialistas em higiene pública para orientação e coordenação das ações sanitárias. Fontes úteis: Fiocruz (história das epidemias no Brasil) e OMS/Ministério da Saúde sobre pandemias influenza.

Por que a alternativa D está correta: ela identifica corretamente a doença (gripe espanhola) e descreve uma ação real adotada na capital — a mobilização de higienistas e medidas sanitárias para tentar conter a disseminação. A menção à 1ª Guerra é contextual (a doença circulou amplamente na Europa durante o conflito) e a associação com o presidente Rodrigues Alves (vítima) confirma o nexo temporal.

Análise das alternativas incorretas:

A — Peste bubônica: houve surtos de peste no Brasil em momentos anteriores (século XIX/XX em portos), mas não é a epidemia global de 1918–1920; a descrição de alastramento entre combatentes da 1ª Guerra e isolamento de "partes da cidade" confunde eventos distintos.

B — Sarampo: doença endêmica sobretudo em crianças; não foi a pandemia que matou dezenas de milhões entre 1918–1920, nem foi erradicada na época por fechamento de escolas.

C — Tuberculose: chamada "mal do século" por sua cronicidade e alta mortalidade, mas trata‑se de doença respiratória crônica, de evolução lenta e não da pandemia aguda que causou milhões de mortes em 1918–1920; quarentenas locais em Petrópolis não caracterizam a resposta à pandemia mundial.

Dicas para prova: ao ver datas (1918–1920) e cifra muito elevada de mortes, associe imediatamente à pandemia de influenza. Procure menções a medidas rápidas de saúde pública (higienistas, fechamento de locais públicos, quarentenas) — são sinais de resposta a epidemias respiratórias agudas.

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