Os banquetes, na Roma Antiga, eram de exclusividade masculina e demonstravam o papel secundário
que as mulheres ocupavam naquela sociedade.
Gabarito comentado
Gabarito: E — Errado
Tema central: a presença feminina nos banquetes romanos (convivia/cena) e o que esses rituais revelam sobre o lugar social das mulheres em Roma. É relevante para entender práticas sociais, níveis de liberdade e mudanças culturais entre República e Império.
Resumo teórico e progressivo:
Convivium / cena: eram refeições sociais realizadas em triclinia (salas com leitos). Entre os romanos, o modo de jantar — deitado — era símbolo de elite. A participação feminina não foi uniforme ao longo do tempo: em certas épocas e contextos as mulheres acompanhavam homens em banquetes, em outros eram mais restritas. Fontes literárias (Petronius — Satyricon; sátiras de Juvenal) e iconografia funerária apresentam mulheres reclinadas em jantares, indicando presença feminina em contextos aristocráticos.
Por que a alternativa "Errado" é a correta?
A afirmação é uma generalização absoluta. Nem todos os banquetes eram exclusivos a homens, nem a presença feminina era sempre sinal de papel secundário. Houve restrições sociais e morais (normas, leis sumptuárias como a Lex Oppia e debates públicos sobre comportamento feminino), mas a realidade mostra variação: mulheres da elite podiam participar, hospedar e até dominar certos encontros sociais. Estudos modernos (ex.: Mary Beard, obras sobre sociabilidade romana) e fontes antigas mostram essa complexidade.
Dica de prova / estratégia de interpretação: desconfie de enunciados absolutos ("exclusividade", "demonstravam o papel secundário") — História exige nuances. Procure evidência direta (textos antigos, iconografia) e evolução cronológica (República vs Império).
Fontes sugestivas: Petronius (Satyricon), sátiras de Juvenal; obras contemporâneas como Mary Beard (SPQR) e estudos sobre sociabilidade romana e mulheres na Antiguidade (Pomeroy; Rawson).
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